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Desnutrição crónica atinge 38% das crianças com menos de cinco anos em Moçambique

Foto: OMS

O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que a desnutrição crónica esteja a afectar 38% das crianças menores de cinco, dos quais 16,5% são considerados de “desnutrição crónica grave”. A província de Nampula é a que tem a situação mais grave e Maputo com níveis entre baixo e médio.

Por seu turno a UNICEF, citada no suplemento sobre nutrição do Inquérito do Orçamento Familiar 2019/20, considera que os níveis de desnutrição observados são “muito altos”.

A desnutrição crónica, que resulta da falta de alimentos adequados, retarda o crescimento e o desenvolvimento das crianças e aumenta o risco da mortalidade infantil, em termos gerais, é um marcador de desigualdades no desenvolvimento humano.

Comparativamente ao período entre 2011 e 2013, houve sobretudo uma redução para quase metade da prevalência em crianças menores de seis meses e houve também uma queda da desnutrição crónica no sul do país. Entretanto, mesmo com esta redução o cenário ainda é muito preocupante.

Ainda no inquérito indica-se que a desnutrição crónica ocorre em níveis “muito altos” em crianças maiores de 12 meses de idade e afecta mais “as crianças do sexo masculino”.

O suplemento esclarece, igualmente, que as crianças que vivem em áreas rurais são as que mais sofrem por desnutrição crónica, em níveis “muito altos” quando comparadas com as que vivem nos centros urbanos, com níveis “médios”.

Crianças que vivem em agregados familiares cujos líderes não têm um nível de escolaridade completo ou têm apenas o nível primário, são mais afectadas pela desnutrição crónica.

A distribuição por província mostra diferenças: todas as províncias da zona centro e norte mostram prevalências em níveis “muito altos”, sendo a província de Nampula a que tem a situação mais grave.

As províncias da zona sul têm prevalências que variam entre os níveis “médio” e “baixo” na Província de Maputo.

O INE estima que a população moçambicana ronda os 30 milhões de habitantes, cerca de metade com menos de 18 anos e em que cada mulher tem em média cinco filhos.

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