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Deslocados queixam-se da falta de medicamentos no Centro de Reassentamento de Marokani

Foto: O Pais

Os deslocados, que vivem no Centro de Reassentamento de Marokani, na província de Cabo Delgado, queixam-se da falta de medicamentos no posto de saúde local, onde também não existe algum material médico básico para auxiliar os agentes de saúde.

Alguns deslocados do Centro de Reassentamento de Marokani estão preocupados com a frequente ruptura de stock de medicamentos no posto de saúde local, que actualmente não tem capacidade para internamentos e realização de partos.

“Não tem havido medicamentos. Aquilo não é posto de saúde, é apenas um banco de socorro para os deslocados. Quando alguém está doente, tem de correr para lá, porque, se demorar, não encontra medicamentos”, disse Domingos Anli, deslocado, acrescentando que “aqui, somos muitos e, além de nós, os deslocados, são atendidas outras pessoas que vêm da aldeia de Nanjua”.

Por seu turno, Ruth Bucu, técnica de saúde afecta àquele posto de saúde, reconheceu o défice que se tem registado na unidade sanitária.

“A falta de medicamentos tem sido para aqueles doentes com ITS, aqueles que têm testado positivo para sífilis. Também temos falta de antibióticos para o tratamento de algumas doenças respiratórias”, precisou Ruth Bucu.

O posto de saúde de Marokani atende cerca de cem pacientes por dia, e as doenças mais frequentes são a malária, diarreia, infecções de transmissão sexual, respiratórias e anemia, sendo que esta última afecta mais as crianças.

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