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Daviz Simango exorta liderança do partido e guerrilheiros a entenderem-se

O presidente do Movimento Democrático Moçambique (MDM), Daviz Simango, exortou, hoje, à liderança da Renamo e aos guerrilheiros, ora desavindos, a serem humildes e a se acarinharem, para evitarem um provável conflito armado.

Na semana finda, um grupo de homens armados do maior partido da oposição acusou, em Gorongosa, província de Sofala, o seu líder, Ossufo Momade, de ser imparcial na condução do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) com o Governo, relativamente no que tange à criação da lista dos militares a serem enquadrados nas Forças de Defesa e Segurança.

O mesmo grupo queixou-se ainda de exclusão de todos os combatentes da Renamo, assim como o comando e ameaçou não tolerar tal situação, assim como disse que iria tirar Ossufo Momade da liderança do partido até a primeira quinzena de Julho, caso na mude.

Face à situação, o edil da Beira, que é também membro do Conselho do Estado, reagiu nos seguintes termos: "sendo estes guerrilheiros membros da Renamo, é importante que a liderança do partido seja humilde, tendo em conta a complexidade deste assunto e a almejada paz, com vista a trazer a estabilidade política, económica e social”.

Para Daviz Simango, “o presidente Ossufo Momade deve aproximar aos militares e estes devem, também, ter humildade suficiente para aceitar um diálogo, para que possam ultrapassar este diferendo e tem de ser urgente".
Simango acrescentou que a “perdiz”, o Governo e os parceiros envolvidos no processo de desmilitarização do partido em apreço e pacificação do país devem accionar os mecanismos possíveis para que os guerrilheiros sejam incluídos na reintegração na sociedade.

O MDM é de opinião que tudo deve ser feito para que os guerrilheiros da Renano sejam contactados para que possam decidir o seu próprio futuro.

"Um dos grandes erros no processo de DDR é que as decisões vêm do topo, e quase sempre o topo, não se comunica eficientemente com a base e o sentimento de exclusão aparece. É duro para eles tendo em conta que estiveram vezes sem conta em combate. Sugerimos que não sejam perseguidos. Eles deram as suas vidas para a mudança da situação política no país. Foram eles que garantiram a instalação de uma democracia em Moçambique, embora amputada", disse o político, que pela terceira vez vai tentar chegar à Ponta Vermelha, nas eleições gerais de 15 de Outubro próximo.

 
 

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