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Criminalidade continua a “despistar” a Polícia em Maputo

Munícipes da cidade de Maputo estão preocupados e agastados com os frequentes roubos e assaltos que ocorrem a qualquer hora do dia, na via pública, em pleno “coração” da capital. Sobre o assunto, a Polícia diz que está a reforçar estratégias de combate à criminalidade.

É concretamente na paragem Mandela, que fica entre as avenidas Guerra Popular e Josina Machel, onde ocorrem roubos e assaltos a todo momento, mesmo com a presença do carro da patrulha da Polícia a circular com os agentes armados.

Paulo Estevão, vendedor ambulante naquela zona, relata que os roubos são frequentes. “Rouba-se todos os dias aqui, a qualquer hora; quando alguém deixa telefone de qualquer maneira, levam-o. Pior aqui, deste lado da na Guerra Popular, há muitos larápios”, lamentou.

Devisse Tembe, outro cidadão interpelado pelo “O País”, disse que o desemprego causado pela COVID-19 pode ser um dos factores que contribui para a persistência da criminalidade, visto que, segundo a sua opinião, as pessoas procuram de todas as formas sobreviver.

Mesmo reconhecendo a situação, Tembe lamentou a insegurança que se vive naquele local e apelou que haja uma rápida intervenção de quem é de direito para reverter a situação. “A meu ver, o número de jovens no crime não só na Guerra Popular, mas sim em toda a cidade de Maputo aumentou. A nossa Polícia deve fazer o seu trabalho, deve garantir que tenhamos alguma segurança neste local. Não faz sentido que tenhamos crimes desta natureza nas barbas da Polícia”, deplorou.

Face à esse cenário, as autoridades policiais apresentaram um homem de 36 anos de idade, supostamente na posse de duas armas de fogo do tipo pistola com respectivas munições. O indivíduo em causa é indiciado de roubar e assaltar pessoas na via pública.

Segundo a Polícia, a sua detenção ocorreu quando se preparava, na companhia de outros dois supostos comparsas que estão a monte, para assaltar um agente de transação de moeda electrónica que havia montado a sua banca naquela zona.

À imprensa o indiciado contou como foi neutralizado pelos agentes da Lei e Ordem. “Quando chegámos ao local, havia um guarda que estava dentro de um carro parado, controlou o nosso movimento e, depois, ligou para a Polícia. A zona em si ficou bloqueada. Quando chegou o agente de transação de moeda electrónica, o meu amigo foi pegar-lhe e começou a gritar por socorro e eu acabei por sair a correr. Não havia mais nada a fazer, estava cercado e fui pego”, detalhou.

A Polícia diz estar a intensificar o patrulhamento nas paragens e noutros pontos de maior concentração de pessoas, para neutralizar os supostos assaltantes.

Leonel Muchina, porta-voz da corporação, disse que uma das estratégias a adoptar é a instalação de brigadas móveis, assim como postos fixos na via pública e também o destacamento de agentes à paisana nas paragens para frear a acção dos criminosos.

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