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Crianças vulneráveis acolhidas num centro religioso em Nampula

Quarenta e nove crianças vulneráveis encontram acolhimento num centro religioso, na cidade de Nampula, que se encarrega por todas as despesas, incluindo a educação escolar. As beneficiárias têm histórias que variam da orfandade e pobreza.

A rapariga é o rosto mais visível do impacto dos problemas sociais nas famílias, que muita das vezes reflectem-se na desistência escolar, casamentos prematuros prostituição, entre outros males.

Este é um dos centros de acolhimento de crianças vulneráveis, na cidade de Nampula. Neste momento alberga 49 beneficiários, dos seis aos 18 anos de idade, sendo que 30 são meninas e 19 rapazes.

“Quando nós cantamos é que nos sentimos bem, porque a música ela é boa, ela transmite sentimentos, ela também transmite muita alegria. Cheguei com nove anos. Cheguei aqui porque não tenho possibilidade de estar na minha família para poder estudar”, disse Esménia Momade, de 16 anos de idade.

Alegria e aconchego é o que encontrou aqui, já passam sete anos, depois de passar dificuldades na família.

As histórias desta gente são quase iguais, a diferença é só nos detalhes! Majuma João, de 12 anos, acrescentou: “Meu pai morreu e minha família não tinha possibilidade para me ajudar”.

E no espírito de ajuda, a esposa do governador da província de Nampula entregou produtos alimentícios, de higiene e de protecção contra a COVID-19.

“Se a questão de abandono das crianças tem a ver com os problemas que nunca podem afectar as crianças”, afirmou Mimosa Alberto, esposa do governador de Nampula.

As crianças que vivem no Centro de Acolhimento Betel, que existe desde 2007, têm todas as despesas pagas, incluindo para a escola, e aprendem a arte, não só como terapia ocupacional.
“Acolhendo esta criança nós podemos transmitir muitos outros valores, ajudar na área da educação e religiosa”, considerou Martinho Cebola, director do Centro de Acolhimento Betel.

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