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Crianças da 3ª classe devem terminar o ciclo a saber ler e escrever

Oito por cento das crianças em idade escolar na capital do país conclui a 3ª classe sem saber ler, contar e escrever. Para reverter este cenário, o Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil lançou, esta segunda-feira, um projecto com duração de três anos.

Trata-se do projecto “Melhorando os Resultados de Aprendizagem nas Escolas Primárias da cidade de Maputo”, orçado em cerca de 22 milhões de meticais.

Se “é de pequeno que se torce o pepino”, é a partir das classes iniciais que o Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil pretende atacar o problema relacionado com a falta de competências em 39% dos 28 milhões de moçambicanos.

“Nós, como país, expandimos a educação e garantimos o seu acesso, mas não foi acompanhado pela qualidade. Na cidade de Maputo, por exemplo, o último resultado do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação mostrou que apenas oito por cento das crianças tinham competências desejadas ao terminar a terceira classe”, apontou Paula Manjate, directora executiva do Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil.

Aliás, o Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação entende que “o ensino primário desempenha um papel importante no processo de socialização das crianças, na aquisição de conhecimentos, habilidades e valores/atitudes fundamentais para o desenvolvimento harmonioso da sua personalidade”.

E porque o número de crianças que conclui a 3ª classe com as competências não desejadas continua aquém do desejado, Paula Manjate diz que com o tornado público vai abranger 36 mil alunos e professores de 28 das 100 escolas da cidade de Maputo.

As comunidades serão igualmente envolvidas no sentido de os petizes continuarem os estudos em casa e exigir melhor qualidade dos serviços.

No que diz respeito às competências dos professores, Paula Manjate esclarece que os mesmos serão capacitados para melhor leccionar a 3ª classe, através da promoção de espaços de leitura, competições para efeitos de motivação.

Salazar Picardo, do Serviço Municipal de Desporto, disse que a edilidade espera que a iniciativa dê resultados positivos e as crianças abrangidas adquiram “competências de leitura e dos números”.

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