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COVID-19: Pandemia ou guerra mundial?

A velocidade do novo coronavírus, cujo relato dos primeiros casos da doença, começaram a chegar da China no início deste ano 2020, com vítimas mortais, confunde-se com uma Guerra Mundial.

Daquele país Asiático, em tão pouco tempo, a COVID-19 espalhou-se para todo o mundo, incluindo o nosso país, Moçambique.

Nunca imaginei que a doença que inicia num país Asiático, aterrorizasse imediatamente o mundo no geral, e nosso país em particular. Com os números de óbitos na China, depois na Europa com destaque para países como Itália, Espanha entre outros e a seguir na América, concretamente nos Estados Unidos, provasse com clareza a sua força maligna colocando a prova o sistema de saúde das principais potências mundiais na mitigação das novas infecções do novo coronavírus. Este facto coloca-nos cada vez mais apreensivos, sem saber que será de nós a cada amanhecer.

É uma verdadeira “guerra” contra um inimigo invisível, cenário típico dos filmes de terror, é o que a mídia internacional relata diariamente, sobre a realidade do novo coronavírus no mundo. As grandes cidades tornaram-se desertas, devido ao medo de contaminação por um lado, e por outro a velocidade em que este vírus se transmite. O lema é ficar em casa para evitar infecções.

Aliado a pobreza a que estamos sujeitos, o maior medo no nosso seio é sem sobras de dúvidas, que será feito de nós? Se aqueles que estão no chamado primeiro mundo, com todos os equipamentos de ponta, avanços galopantes na medicina, enfrentam cada vez mais dificuldades para debelar este maldito vírus.

Com o número de óbitos que a mesma continua causando, faz-me lembrar os estragos causados nas anteriores guerras. Na primeira guerra mundial (1914-1918) houve registo de mais de 10 milhões de combatentes mortos. Na segunda guerra mundial (1939-1945) estima-se ter ocorrido perto de 70 milhões de mortes, esta última foi na verdade a mais letal guerra de todos os tempos.

Já que neste momento todos somos soldados chamados para intervir nesta guerra deste inimigo invisível, vivemos sem dúvidas, momentos de muita incerteza quer de ponto de vista político, econômico e social, tendo em conta que muitas medidas necessárias poderão ser tomadas pelo governo mas com impactos negativos sobre tudo na economia familiar das mais desfavorecidas classes sociais. O governo não tem como inverter, terá mesmo que procurar medidas acertivas para aliviar não só o impacto social, como também econômico já que muitos trabalhadores já começaram a ser dispensados dos seus postos de emprego.

Quais serão as medidas que o governo deverá tomar, para evitar que os empresários fiquem menos capitalizados, que a população perca seus postos de trabalhos, que o sistema de saúde funcione para que o povo seja tratado desta pandemia, em fim são várias questões em volta desta triste realidade.

O historiador  Walter Scheidel, professor da Universidade de Stanford nos Estados Unidos citado recentemente em entrevista pela BBC News Brasil, refere que "depende de quão longa e severa será o coronavírus. Podemos ver algumas tendências, uma delas é que os ricos neste momento estão menos ricos do que eram a menos de um mês atrás, por causa dos efeitos da bolsa de valores. É um efeito de curto prazo, vimos algo parecido após a crise financeira global depois de 2008.

O historiador diz ainda que "ao mesmo tempo, vemos que parte da força de trabalho está sendo afectada negativamente, especialmente pessoas em trabalho menos protegido, estão perdendo emprego, trabalhando menos horas, assumindo dívidas. E vai levar mais tempo para eles se recuperarem disso, especialmente por conta das dívidas".

Ou seja, o mundo está a entrar numa fase crítica e que seguramente ficará indelevelmente marcada no nosso seio. Neste momento, a que apenas estar atento pois a nos cabe seguir a risca a forma de higienização recomendada pelas autoridades. Temos que estar serenos para que o nosso principal inimigo do momento, o novo Coronavírus não devaste a nossa pobre sociedade.

 

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