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COVID-19: 24 trabalhadores submetidos a cárcere privado em Quelimane

Um total de 24 trabalhadores da empresa chinesa Hongyu plástica estão a ser submetidos a cárcere privado, ou seja sem poder sair para suas casas. A empresa que está localizada em Quelimane, está a pautar pela tal atitude, temendo que os trabalhadores moçambicanos contraiam Coronavírus nas suas famílias e tragam a doença para a fábrica.

Os trabalhadores cumprem as horas de trabalho, mas são sujeitos a ficar no recinto. Por volta das 18 horas desta quarta-feira depois da denúncia feita, a nossa reportagem escalou a fábrica em causa.

Do lado de fora das instalações da firma, não dá para acreditar que os mais de 24 trabalhadores, estão no seu interior a exercerem actividade, sem no entanto poderem sair para as suas casas, depois de cumpridas as oito horas laborais.

Abel Lemos operador de máquinas, referiu que a decisão neste sentido foi da entidade patronal sim, mas consensual no seio dos trabalhadores. Verdade ou não, o certo é que muitos dos trabalhadores não concordam com a medida estabelecida.

Na ocasião, uma mulher apenas identificada por Belinha com o seu bebé ao colo, escalou a fábrica para entregar refeição mas sem no entanto direito de ter contacto com o seu esposo. A mesma mostrou-se visivelmente angustiada por não concordar com decisão da entidade patronal.

Hora mais tarde, percebendo-se da nossa presença, a entidade patronal mandou desligar as máquinas e retirar do recinto todos os trabalhadores. De seguida apareceram ao local, os inspectores do trabalho para aferir a situação. A entidade patronal nega tal situação mas a inspecção do trabalho garantiu seguir e resolver o caso.

 

 

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