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COVID-19: 147 casos testados e nenhum positivo no país

Subiu de 21 para 24 o número de pessoas curadas do novo Coronavírus no país, garante o Ministério da Saúde e faz um apelo vigoroso para que a sociedade redobre a prevenção contra a doença, porquanto ainda constitui preocupação para o mundo

As três pessoas recuperadas são dos casos 11 e 12, na cidade de Maputo, e 39, da província de Cabo Delgado. Todos tinham sido infectados localmente. O Ministério da Saúde esclarece que todos os pacientes não apresentam sintomas da doença e os novos testes acusaram negativo.

Nas últimas 24 horas, disse o Ministério da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde testou 147 indivíduos suspeitos de ter o novo Coronavírus, tendo os exames de todos revelado negativos.

Dos casos suspeitos testados, cinco são do Niassa, 64 de Cabo Delgado, 12 de Manica, seis de Sofala, 20 da província de Maputo e 40 da cidade de Maputo. Estes dados podem ser uma prova de há mais testagens em diferentes provínciais e cidades. Ou seja, os testes não apenas a ser feitos na cidade e província de Maputo e Cabo Delgado.

“Importa referir que as amostras de Cabo Delgado, testadas, estão relacionadas com a investigação em curso em Afungi e as amostras testadas nos outros locais resultam da vigilância activa, da suspeita e rastreio de rotina, nas Unidades Sanitárias”, disse Rosa Marlene, directora nacional de Saúde Pública, durante a conferência de imprensa desta quinta-feira.

Assim, actualmente, o país continua com 81 casos positivos registados desde o início da testagem, sendo 72 de transmissão local e nove importados. Mas com os 24 casos recuperados, o país conta com 57 casos activos e sob vigilância da Saúde.

O Ministério da Saúde diz estar preocupado com a situação actual da pandemia da COVID-19 que continua preocupante, principalmente no continente africano, que “regista um crescimento tanto de novas infecções como de óbitos”.

São 51.698 casos da COVID-19 detectados no continente africano, onde já foi contabilizado um cumulativo de 2.012 óbitos. Os recuperados chegam a 17.590 pessoas, segundo dados daquela instituição do Estado moçambicano, com base na informação colectada de outras fontes internacionais.

Com estes dados, o Ministério da Saúde pretende lembrar que não existe ainda vacina ou tratamento específico para a COVID-19.

“Assim, a facilidade de a COVID-19 ser transmitida e expandir-se rapidamente, pode provocar uma sobrecarga no sistema de saúde, para além de efeitos sociais e económicos desastrosos. Isto obriga-nos á um cumprimento rigoroso das medidas de prevenção da COVID-19 e o Ministério da Saúde reitera o apelo para a observância, com rigor, seriedade e responsabilidade, de todas as medidas de prevenção já emanadas e divulgadas”, disse Rosa Marlene.

 

 

“NÃO HÁ PROBLEMAS DE TESTAGEM” NO PAÍS

De acordo com Sérgio Chicumbe, director nacional de Observação de Saúde no Instituto Nacional de Saúde, até ao momento os testes tem sido distribuídos por todas províncias, mas não especificou o número alocado a cada uma delas.

Das sedes provinciais, os testes são enviados aos distritos, mediante necessidades de testes por cada distrito. Isto tudo porque foi aumentada a capacidade de testes e de aparelhos para a testagem no centro de referência do Instituto Nacional de Saúde, em Marracuene.

Entretanto, mesmo com o controlo da propagação da pandemia no país, o Instituto Nacional de Saúde pretende descentralizar os centros de testagem pelas regiões centro e norte, estando refém apenas da alocação de insumos para testes.

“Há unidades sanitárias que usam aparelhos para testes rápidos de tuberculose e esses aparelhos foram aprovados como adequados para testes de Coronavírus. Por isso, os testes de Coronavírus podem ser feitos lá. Mas o grande problema que ainda persiste é a alocação de insumos no mercado internacional”, explicou Sérgio Chicumbe para justificar a não montagem ainda de centros regionais.

Ainda assim, o Ministério da Saúde já adiantou os valores para a compra desses insumos, que escasseiam no mercado internacional, segundo disse Sérgio Chicumbe.

Ainda assim, de acordo com Chicumbe, o plano mantém-se e o laboratório de testagem de Nampula está numa fase avançada, faltando apenas “os aparelhos necessários para o início da sua actividade”.

“Não há problemas de capacidade de testagem, uma vez que o centro de referência de testagem de Marracuene pode testar até 600 amostras por dia. O que se quer é expandir os laboratórios de testagem nas três regiões por forma a dar cobertura em caso de alastramento da doença”, concluiu Sérgio Chicumbe.

O Ministério da Saúde fez saber ainda que já rastreou até esta quinta-feira 596.642 pessoas, tendo mantido 12.663 pessoas em quarentena, das quais 1287 continuam a ser seguidos pelas autoridades de saúde.

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