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COVID-19: Empresas voltam a facturar seis meses depois  

As empresas moçambicanas voltaram a facturar depois seis meses de sufoco provocado pela pandemia da COVID-19. O desempenho positivo foi registado no terceiro trimestre de 2020.

Uma luz no fundo do túnel. Depois de um primeiro semestre com as contas “no vermelho”, devido aos impactos no novo Coronavírus, as empresas moçambicanas já respiram de um ligeiro alívio.

O terceiro trimestre de 2020 mostra uma curva contrária, segundo dados divulgados esta quinta-feira pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), durante a 3ª edição do Economic Briefing.

“O terceiro trimestre foi marcado por uma retoma gradual das actividades económicas, associada a reabertura das economias e relaxamento das restrições impostas no âmbito do combate à COVID-19. Esta tendência gradual positiva reflecte o aumento das receitas do sector empresarial”, disse Agostinho Vuma, presidente da CTA.

O estudo divulgado pelo sector privado indica que o Índice de Robustez Empresarial subiu ligeiramente, no terceiro trimestre do ano em curso, para 39% contra os 35% verificados no II trimestre.

O documento de monitoria sobre as tendências da actividade empresarial em Moçambique indica ainda que esta tendência de recuperação gradual das empresas atesta-se pelo aumento das receitas do sector empresarial no III trimestre, tendo registado uma subida de 12.3%, o que culminou com o melhoramento dos rácios de desempenho das empresas.

Em relação ao ambiente macroeconómico, o relatório da CTA aponta que “a economia moçambicana, ainda, não conseguiu se recuperar do choque causado pela COVID-19, sendo que o índice do ambiente macroeconómico demostrou uma redução
no III trimestre face ao II trimestre de 2020, passando de 26% para 25%”.

Esta redução deve-se, em parte, à contínua depreciação do Metical e a tímida subida da inflação que se assiste desde o mês de Junho. Contudo, a despeito desta redução, nota-se uma relativa melhoria face ao trimestre anterior, visto que, no III trimestre a queda deste Índice foi de apenas um ponto percentual (pp) face a uma queda de 21 pp verificados no II trimestre, realça o relatório dos homens de negócio.

Sobre a transição do Estado de Emergência para o de Calamidade Pública, o sector privado entende que esta situação “prenuncia o início do processo de desconfinamento e retoma gradual da actividade económica, através do relaxamento de algumas medidas restritivas, o que poderá afectar positivamente, o desempenho do sector empresarial”.

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