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Costa do Sol conquista Liga Jogabets

Fotos: O País

O Costa do Sol conquistou, ontem, a Liga Jogabets, ao vencer, na final, a Associação Black Bulls, por 6-5, resultado encontrado na transformação de grandes penalidades após o nulo no tempo regulamentar e prolongamento.

Doze anos depois de ter conquistado o Moçambola pela Liga Desportiva, Rei Artur voltou ao trono do futebol doméstico. Dois anos e cinco meses depois – conquistou o seu último título em Dezembro de 2019 -, o canário voltou a levantar voo para um título.

E soube a bem, até porque à consagração se junta o facto de se ter derrotado o musculado campeão em título e evitado que este iniciasse a temporada tal como terminou ano passado: a ganhar.

O filme da conquista da Liga Jobats pelos “canarinhos” bem podia ter começado no minuto zero, mas não. Poucas ideias ao nível ofensivo fizeram com que a primeira parte não gerasse tanta emoção e o público levantasse das gélidas bancadas do Tchumene.

Nesta etapa, o Costa do Sol até foi um bocado mais atrevido com Danilo II, Kambato e Dilson a procurarem espaços para gizar a baliza de Ivan. No entanto, mostraram-se previsíveis no último reduto da Associação Black Bulls.

Numa partida marcada por muita luta ao nível do meio campo e contacto físico entre os contendores, os dois conjuntos não conseguiram criar situações reais de golo. Mais, sem frieza e melhor interligação entre os sectores, abrir linhas de passe e fazer a progressão revelou-se um problema que forçava a jogar-se muito para trás.

A meio da metade da primeira parte, e numa jogada rápida, Melque flectiu para o centro, mas o seu remate esbarrou no adversário. O Costa do Sol fez pressão, Nené fez um mau passe que não foi aproveitado por Beto que não chegou a tempo para fazer a emenda, a passe de Kambato. Sem brilharete, foi-se ao descanso.

A segunda metade foi nada mais nada menos que uma antítese da primeira! Victor viu os seus reflexos testados logo nos instantes iniciais a um remate de Melque. Kambato, com um golpe de cabeça, errou no alvo. Com o duelo repartido e aberto, Pepo encheu o pé, mas tirou mal as medidas da baliza de Victor. Naquela que foi a oportunidade mais flagrante do jogo, Jesus atirou para o poste esquerdo da baliza de Victor. O jogo ganhou mais dinâmica e emoção.

Mas, no último reduto, faltou discernimento. Em tarde de desacerto, há um passe de ruptura para Danilo II que não teve engenho e arte para bater Ivan, numa jogada em que Chamboco e Nené foram lentos. Valeu mesmo o facto de o avançado do Costa do Sol ter sido perdulário.

Falhava o Costa do Sol, falhava a Black Bulls mesmo em situações flagrantes. Aliás, teimava-se em fazer balançar as redes, teimava-se em resolver a contenda ainda no tempo regulamentar.

Nem mesmo o prolongamento trouxe o discernimento recomendado na zona de critério. Vieram as grandes penalidades, houve empate na primeira a quatro bolas. O Costa do Sol e Black Bulls marcaram quatro e falharam uma. Jorge, Bud, Danilo, Salomão, Mexer e Sala foram certeiros do lado do Costa do Sol. Para os Black Bulls, marcaram Victor, Pepo, Nené, Jesus e Fidel. Teve que se recorrer à segunda série de grandes penalidades, onde Victor defendeu o penálti de Rume, transformando-se no herói improvável ao dar o título ao Costa do Sol.

No final, o avançado da Black Bulls, Melque, foi considerado o melhor artilheiro da prova, com cinco golos marcados, enquanto Teixeira chamou a si o título de melhor guarda-redes. O Nacional foi a equipa a “fair play” da prova.

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