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Coronavírus fecha Janeiro com 15 óbitos em Moçambique 

Ontem, último dia de Janeiro, 15 pessoas morreram vítimas da COVID-19, na cidade de Maputo. A informação foi tornada pública pelo Ministério Saúde, hoje, ajuntando que a doença já tinha tirado a vida a outros três pacientes, no dia 28 do mesmo mês. Aliás, Fevereiro inicia com uma morte na província de Maputo.

Nunca antes a Saúde tinha anunciado 15 mortos ocorridos num dia. Ao todo, esta segunda-feira foram reportados 19 óbitos, cujas idades variam entre 20 e 87 anos. Dezasseis são homens e três mulheres.

O país já soma 386 óbitos, dos quais 306 na cidade de Maputo, 24 na província de Maputo, 11 em Nampula, nove em Sofala, oito em Tete, igual número em Gaza, sete na Zambézia, cinco em Inhambane, igual número em Manica e três em Cabo Delgado. Esta província já foi epicentro da doença.

Com um cumulativo de 1.311 pessoas infectadas, das quais 700 ainda com o vírus no organismo, a província do Niassa é a nona mais afectada pela pandemia, mas a única sem óbito.

Segundo a directora nacional de saúde pública, Benigna Matsinhe, “Moçambique enfrenta uma segunda onda da pandemia, caracterizada por um número elevado de casos, internamentos, óbitos e uma taxa de positividade elevada em todas as províncias”.

Dados da análise epidemiológica desta segunda-feira, apresentada aos órgãos de comunicação social, pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), apontam que “a taxa de positividade para SARS-CoV-2” no país “mantém-se persistentemente elevada, sugerindo persistência de alta transmissão”.

Aliás, “a variação semanal de casos de COVID-19 em Moçambique é uma das mais altas da região” da África Austral, disse o director de inquéritos no INS, Sérgio Chicumbe.

A Saúde sublinhou que Janeiro foi um mês de “grande sacrifício” no que ao combate à pandemia da COVID-19 diz respeito: “registámos o aumento de novos casos por dia, casos activos, novos internamentos e óbitos”.

“Do cumulativo de 18.642 casos que haviam a 31 de Dezembro de 2020, passamos para 38.654 a 31 de Janeiro de 2021, num aumento de 20.012 casos a uma média de 645 novos casos por dia. Em um mês registamos 51.8% de todas as infecções desde o primeiro caso em Março do ano passado”.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, de 1.806 casos activos que o país tinha, no último domingo atingiu 14.328, o que corresponde a um aumento de 12.522 em apenas um mês. “Uma subida nos casos activos na ordem de 87.4% em apenas 30 dias”.

“O cumulativo de pacientes internados nos nossos hospitais subiu de 801, a 31 de Dezembro de 2020, para 1.688 internados, a 31 de Janeiro de 2021, significando que em um mês tivemos 887 pacientes hospitalizados, num aumento em 52.5%”, esclareceu Benigna Matsinhe

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