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Confiança no indicador de emprego resgista melhoria

A confiança dos moçambicanos no emprego registou um incremento ligeiro em Agosto passado, encerrando a trajectória descendente de dois meses, embora tenha observado um recuo face ao mesmo mês de 2018.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) indica que o índice de confiança no indicador de emprego recuperou no mês de Agosto deste ano, após registo de queda entre Julho e Junho.

“Essa recuperação foi influenciada pela apreciação positiva do indicador nos sectores de comércio, de alojamento e restauração, de transportes e dos outros serviços não financeiros, que suplantaram as actividades da produção industrial e de construção que registaram previsões desfavoráveis do emprego no mês em análise”, explica o INE.

Contudo, o clima económico (indicador que expressa a confiança dos empresários) voltou a abrandar pelo terceiro mês consecutivo em Moçambique.

A avaliação desfavorável do clima económico no mês em análise deveu-se, sectorialmente, ao abrandamento do indicador nos ramos empresariais dos outros serviços não financeiros, construção e da produção industrial que suplantaram à apreciação positiva registada nos sectores de comércio, de transportes e de alojamento e restauração.

Em média, 30% das empresas inquiridas pelo INE, reportaram algum obstáculo no mês de Agosto, o que representou um aumento de 2% de firmas com limitação de actividade face ao mês anterior, situação que está em linha com o indicador síntese do sector que diminuiu.

O aumento da proporção de empresas com constrangimentos foi influenciada pelo incremento de empresas com dificuldades nos sectores de construção, de transportes, bem como nos outros serviços não financeiros.

“Os sectores de transportes com 37%, de construção (35%) e da produção industrial (32%) registaram a maior proporção de empresas com constrangimentos de todos sectores inquiridos”, observa o INE.

 

ALOJAMENTO EM ALTA

Em Agosto, o indicador de confiança do sector de alojamento, restauração e similares registou um incremento ligeiro se comparado com o mês anterior, mostrando assim uma instabilidade (oscilação) desde o mês de março, situação associada com o início da época alta do sector que actualmente se regista.

Mas factualmente, o aumento da confiança do sector contou com avaliação favorável de todos os componentes do indicador síntese do sector, sendo o volume de negócios e a procura corrente os indicadores que registaram maior incremento no mesmo mês de referência.

No mesmo período, a perspectiva de capacidade hoteleira diminuiu consideravelmente, num clima caracterizado por um aumento ligeiro das perspectivas de preços se comparados com o mês anterior.

Cerca de 28% das empresas deste sector enfrentaram alguma limitação de actividade no mês em análise, o que representou uma redução de 4% de empresas com constrangimentos face ao mês anterior, facto que está em linha com o indicador síntese do sector.

Os principais factores referidos pelos agentes económicos do sector foram, a baixa procura (37%), a concorrência (24%), a falta de acesso ao crédito (11%) e os outros factores não especificados (12%) em ordem de importância.

 

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