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Ferroviário de Maputo joga, nesta sexta-feira, às 18h00, o acesso às meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol em seniores femininos. O adversário é o KPA do Quénia que terminou em terceiro lugar no grupo “B” desta competição. É um jogo em que, até pela estrutura que apresenta, o Ferroviário de Maputo é claramente favorito a seguir em frente.

Agora é a eliminar. E não pode haver espaço para erros, tal como aconteceu no embate com o Inter Clube. A concentração deve ser total para as vice-campeãs africanas que levam vantagem nos confrontos com as quenianas. Em 2016, Ferroviário de Maputo e Inter Clube estiveram inseridos no grupo “A” da 22. ª edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol em seniores femininos.

Depois de, na estreia, terem perdido com o Inter Clube de Angola por 57-43, as campeãs nacionais redimiram-se na segunda jornada com uma vitória sobre o KPA do Quénia por 84-58.

Em jogo realizado a 27 de Novembro, no pavilhão do Maxaquene, Anabela Cossa liderou o Ferroviário de Maputo com 22 pontos e uma assistência em 22 minutos na quadra.  

A craque teve, neste embate, um registo de seis tiros exteriores certeiros em dez tentados, um aproveitamento de 60%. Cossa foi secundada pela “atiradora” Ana Suzana Jaime que contabilizou 13 pontos, tendo conseguido três tiros exteriores certeiros em cinco tentados (60% de aproveitamento).

No KPA do Quénia, Natalie Akinyl Mwangale foi a melhor cestinha com 15 pontos em 28 minutos na quadra.

Em termos globais, o Ferroviário de Maputo esteve melhor com 56% de aproveitamento nos lançamentos de campo (26/46) contra o registo de 50% (20/40) do KPA do Quénia.

Nos tiros exteriores, as “locomotivas” apresentaram uma média de 52.2 % (doze lançamentos certeiros em 23 tentados), enquanto as quenianas registaram 33.3 % com quatro lançamentos abertos concretizados em 12 tentados.

O Ferroviário de Maputo foi dominador nas tabelas com 30 ressaltos (sete ofensivos e 23 defensivos) contra 24 do KPA (oito ofensivos e 16 defensivos).

 

Os números nos “quartos”

Sob orientação de Carlos Ibrahimo Aik, o Ferroviário de Maputo atingiu em 2006 a final da Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol em seniores femininos, prova realizada em Libreville, no Gabão.

Nos quartos-de-final, a 27 de Outubro, as “locomotivas” travaram argumentos com o ISPU, a quem venceram por 73-68.

Com um duplo-duplo (22 pontos e 12 ressaltos),  Deolinda Mulói Gimo comandou o Ferroviário de Maputo, tendo sido secundada por Ana Flávia Azinheira e atiradora Nádia Rodrigues, ambas com 12 pontos.

No ISPU, Amélia Macamo, agora Massingue, e Ana Branquinho evidenciaram-se com 19 pontos em 35 e 34 minutos na quadra, respectivamente.

A equipa do Ferroviário de Maputo era constituída por Júlia “Julinha” Machalela, Kátia Machai, Rute Muianga, Janete Monteiro, Nica Gemo, Zinóbia Machanguana, Sílvia Langa, Deolinda Gimo, Ana Flávia Azinheira, Nádia Rodrigues, Márcia Langa e Ondina Nhampossa.

A A Politécnica, essa, contava com nomes quais Ana Branquinho, Amélia Macamo, Eduarda Chongo, Tânia Wachene, Marta Gange, Aleia Rachide, Iracema Ndauane, Vaneza Júnior, Vânia Filipe e Naila Simão.

Já em 2007, em Maputo, nova presença no pódio: terceiro lugar. Nos quartos-de-final, o Ferroviário de Maputo arrancou uma vitória a ferros frente ao First Bank da Nigéria por 71-69. Carla da Silva fez das suas com 21  pontos na sua conta.  Mas, nas meias-finais, caiu aos pés do 1º de Agosto de Angola com quem perdeu por 50-43.

Com reforço de duas americanas, nomeadamente Stephanie Faulkner, de 30 anos, e Monica Naltner, 23, o Ferroviário de Maputo apresentava na equipa as atletas Zinóbia Machanguana, Júlia Machalela, Janete Monteiro, Nádia Zucule, Rute Muianga, Carla da Silva, Tatiana Ismael, Ondina Nhampossa e Deolinda Gimo.

Oito anos depois, ou seja, em 2015, o Ferroviário de Maputo ficou em terceiro lugar numa prova havida em Luanda, Angola.

Na luta pelo acesso às meias-finais, as actuais vice-campeãs africanas derrotaram o Dolphins da Nigéria por cinco pontos: 79-74. Com 20 pontos em 30 minutos na quadra, Odélia Mafanela foi determinante na quadra do pavilhão multiusos do Kilamba.  A nigeriana Ndidi Madu e Dulce Mabjaia contribuíram com 14 e 13 pontos, respectivamente.  

O Ferroviário de Maputo perdeu nas meias-finais com o Inter Clube por 70-51.

Comandadas por Leonel “Mabê” Manhique, as “locomotivas” tinham o seguinte plantel: Carla Pinto, Vilma Covane, Rute Muianga, Ingvild Mucauro, Cecília Henriques, Onélia Mutombene, Ana Suzana Jaime, Dulce Mabjaia, Ndidi Madu e Helen Ogunjimi e  Odélia Mafanela.

No ano seguinte, em Maputo, o Ferroviário de Maputo voltou a marcar presença numa final da Taça dos Clubes Campeões Africanos de basquetebol em seniores femininos.

Nos “quartos”, uma vitória dificílima diante das argelinas do Groupement Sportif des Pétroliers (69-57) fez crescer as expectativas da conquista do título.

Ingvild Mucauro, com 16 pontos, cinco ressaltos e oito roubos de bola, foi a melhor unidade das “locomotivas”.  

Rute Muianga, Ingvild Mucauro, Cecília Henriques, Onélia Mutombene, Ana Suzana Jaime, Dulce Mabjaia, Odélia Mafanela, Anabela Cossa, Vilma Covane, Elizabeth Pereira, Brea Eduards e Rachel Alana Mitchell foram as atletas utilizadas por Leonel Manhique.

Finalmente, em 2017, novamente o Groupement Sportif des Pétroliers da Argélia no caminho das campeãs nacionais. No pavilhão multiusos do Kilamba, superioridade da equipa moçambicana que venceu por 83-44.

A queniana Sara Chan esteve em bom plano neste jogo com 19 pontos e nove ressaltos em 21:35 minutos na quadra, tendo sido secundada por Ingvild Mucauro com 15 pontos.

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