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Condições de vida dos civis na Síria piores do que nunca

As condições de vida dos civis na Síria são "mais terríveis do que nunca", lamentou, esta sexta-feira, o alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, citado pelo Notícias ao Minuto, quando o conflito no país entra no seu oitavo ano.

"No interior da Síria, os civis enfrentam condições mais terríveis do que nunca e 69% deles lutam pela sua sobrevivência na mais extrema miséria", afirmou Grandi, numa visita ao vizinho Líbano.

A guerra na Síria foi desencadeada em Março de 2011 pela repressão governamental de manifestações pró-democracia pacíficas, tendo-se tornado depois mais complexa com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas'.

"Estes sete anos de guerra deixam atrás de si uma tragédia humana de dimensões colossais. Para salvar vidas, é tempo de acabar com este conflito devastador", disse Grandi, citado num comunicado do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

A data de 15 de Março é geralmente considerada como a do início do conflito, que, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, causou mais de 340.000 mortos e obrigou milhões a abandonarem as suas casas

De acordo com o ACNUR, a Síria conta com 6,1 milhões de habitantes deslocados dentro do país, enquanto 5,6 milhões de pessoas se refugiaram em países vizinhos.

O organismo da ONU indicou que 90% das famílias que permanecem no país gasta mais de metade do seu rendimento anual em comida, sendo o preço dos alimentos em média oito vezes maior do que antes da guerra.

Além disso, 5,6 milhões de pessoas vivem em condições que supõem uma ameaça para as suas vidas em termos de segurança e direitos básicos e necessitam de ajuda humanitária urgente, segundo o comunicado.

 

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