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Conde diz que sai do Songo de cabeça erguida por tudo que fez

Dois dias depois do seu afastamento do comando técnico da União Desportiva de Songo, Chiquinho Conde já deu a sua primeira reacção em jeito de desabafo.

Falando a Rádio Mais, na manhã desta quarta-feira, Chiquinho Conde diz que deixa o clube de cabeça erguida, tendo em conta o que fez ao longo do tempo em que esteve a frente da equipa e o que ainda faltava por conquistar.

“Saio de cabeça erguida. Estava a fazer uma época dentro do previsível, visto que no campeonato, que é o nosso principal objetivo, a equipa está a 6 pontos do líder (Ferroviário de Maputo). Portanto estava na luta pelo título”, disse Conde, trazendo ainda em alusão o facto de a equipa ainda ter uma jornada em atraso, por disputar diante da Liga Desportiva de Maputo, em Songo.

Na referida entrevista, entre outras questões levantadas, Chiquinho Conde queixou-se do período de jogos realizados consecutivamente fora da vila do Songo como estando na origem da queda do rendimento da equipa. A equipa esteve cerca de um mês a jogar fora de casa, entre jogos do campeonato nacional de futebol e da fase de grupos da Taça CAF. Aliás, das últimas seis partidas, em que perdeu cinco e venceu uma, todas as derrotas foram fora de portas, em período em que os jogadores estiveram fora de casa.

“Ninguém fala que o Songo fez quatro jogos seguidos fora de casa e das viagens desgastantes e sem tempo para prepará-los. Fica mais fácil apontarem dedo ao Chiquinho Conde”, desabafou.

Relativamente à eliminação da Taça de Moçambique diante do Chingale de Tete, onde a equipa perdeu por duas bolas sem resposta, Conde disse que a UD Songo não deveria ter feito essa eliminatória, uma vez que já que tinha 3 jogadores na selecção nacional que participava na Cosafa.

Para Chiquinho Conde, o facto dos regulamentos da FIFA recomendarem que uma equipa com três ou mais jogadores na selecção pode não realizar o seu jogo, seria um argumento para não defrontar o Chingale, embora reconheça o poderio dos “canarinhos”. Mesmo sem assumir que ausência dos jogadores que estavam na selecção, nomeadamente Kambala, Cremildo e Mano terão prejudicado o rendimento da equipa nessa partida, Chiquinho diz que podia se ter recorrido para se adiar o jogo e remarcá-lo para outra data.

O facto é que a equipa então treinada por Chiquinho Conde jogou e acabou eliminada da segunda maior prova de futebol de Moçambique, quebrando assim um dos objectivos do seu contrato.

Em face desta rescisão de contrato de Chiquinho Conde, a direcção de José Costa também vai se demitir em bloco, esta sexta-feira, devendo na ocasião ser nomeada uma comissão de gestão que vai dirigir os destinos da colectividade até as próximas eleições. Esta medida foi anunciada em comunicado que marca a assembleia geral extraordinária da União Desportiva de Songo.

 

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