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Comércio externo de Moçambique com saldo mais alto da última década

O volume global do comércio de bens com o exterior foi superior em 2017, face ao ano anterior. Foram transacionados cerca de USD 10,4 biliões, contra os USD 8,5 biliões registados em 2016, ou seja, uma variação positiva de 22,7%.

No ano em análise, o saldo da balança comercial do país registou o valor mais favorável da última década, com um défice de apenas um bilião de dólares norte-americanos, menos oito milhões que o verificado em 2016, segundo dados oficiais sobre comércio externo.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2017, saíram de Moçambique bens no valor aproximado de USD 4,7 mil milhões, equivalentes a mais de 42% face ao registo de 2016.

Em contrapartida, a entrada de bens no país registou um valor global de mais de 5,7 mil milhões de dólares norte-americanos, o que correspondeu a um crescimento de 10,4% face aos cerca de 5,2 mil milhões registados em 2016.

Dos 137 países que receberam bens provenientes de Moçambique, destacam-se em termos estruturais a Índia com 34,3%, África do Sul (18,7%), Países Baixo (10%), Itália (5,7%) e China (5,4%), indica o INE.

Acrescentando, que no que se refere à estrutura das importações por países, dos 204 países de origem dos bens que entraram no país em 2017, destacam-se a África do Sul (29%), Emirados Árabes Unidos (9,5%), China (8,6%), Países Baixo (8,5%) e Índia (7,9%).

No período em análise, os principais grupos de bens exportados foram combustíveis minerais no valor de 2 432.2 milhões de dólares norte-americanos correspondentes a 51,5% (face ao 38,9% de 2016) e metais comuns com USD 1 219.3 milhões (25,8%).

Este grupo de produtos totaliza 77,3% dos bens vendidos ao exterior, facto que indicia pouca diversificação das exportações.

Os principais grupos de bens importados foram os combustíveis minerais com um valor de 1.257,2 milhões de dólares correspondentes a 21,9% do volume global, máquinas e aparelhos com 844.7 milhões de dólares (14,7%) e metais comuns com 824.1 milhões de dólares (14,3%).

Próximo de dois terços (62,8%) do valor dos bens que saíram do país em 2017, foram tramitados nas estâncias aduaneiras da província de Maputo, seguido pela cidade de Maputo com (9,5%) e Nampula (5,9%).

Já nas entradas, destacam-se igualmente as mesmas estâncias com quotas diferentes: Província de Maputo (41,3%), cidade de Maputo (31%) e Nampula (9.8%).

Comércio na SADC,

No concernente às exportações no seio da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), constata-se que a representatividade desta zona continua crescendo, de cerca de 27,9% (USD 928.2 milhões) em 2016 para 30,7% (USD 1 022.2 milhões) em 2017, facto que resulta da subida das exportações em 10 dos 14 países desta região.

A África do Sul, continua sendo o principal destino dos bens moçambicanos exportados para esta zona, representando actualmente 86,5%, contra o peso de cerca de 81,32% em 2016. Dos países que registaram variações negativas figuram as Ilhas Seychelles (-94,5%), Zâmbia (-79.%), Suazilândia (-63.9%) e Botswana (59%).

De salientar, que o número de países que efectuaram trocas comercias com Moçambique cresceu em 2017, para 204, mais quatro em relação ao ano anterior.

Contudo, a lista dos 10 principais países de origem das importações de bens em 2017 não variou muito relativamente ao ano anterior, tendo registado a entrada da França e a Tailândia. A vizinha África do Sul continua a liderar o ranking, tendo vendido para o país, produtos como energia eléctrica e automóveis.

As compras moçambicanas neste país totalizaram 1.668.1 milhões de dólares norte-americanos, mais 4,4% face a 2016. Com a saída da Singapura, figura na segunda posição os Emirados Árabes Unidos com USD 546.6 milhões, valor acima do dobro registado em 2016.

No terceiro posto, está a China (um destaque para aparelhos eléctricos e medicamentos) com 493.3 milhões de dólares (mais 17,7% face a 2016).

 

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