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Comerciantes do mercado Zimpeto denunciam assaltos na África do Sul

Aquilo que era uma actividade lucrativa ultimamente tem sido um risco. O facto é que comprar mercadoria nos mercados sul-africanos para vender em Maputo tornou-se arriscado devido a ocorrência de assaltos.

Só nas últimas duas semanas, segundo testemunhas, já ocorreram 10 assaltos de dinheiro aos camiões de comerciantes moçambicanos nos mercados onde compram mercadorias a grosso na África do Sul.  

Trata-se de um problema que acontecia de forma esporádica há cerca de três anos, mas está ser mais frequente neste mês, segundo contaram hoje à nossa equipa de reportagem os comerciantes.

Agastados com assaltos os comerciantes grossistas paralisaram temporariamente, na manhã deste sábado, a venda de mercadorias (batata-reno e cebola) para chamar atenção das autoridades sobre o caso. Sem revelar os prejuízos financeiros, os comerciantes lamentam baleamento de cinco colegas, dos quais três (3) ainda hospitalizados na terra do Rand.  Durante entrevista os visados queixam-se de falta de protecção por parte das autoridades sul-africanas para travar os assaltos.

“Estamos sem protecção. Trabalhamos na insegurança na África do Sul. Sentimos que a Polícia daquele país não está a colaborar para combater os assaltos que sofremos lá. Mesmo durante o dia somos assaltados e não vemos resposta quando reportamos os casos à Polícia”, contou uma das comerciantes grossista.

Como outra forma de pressionar para resolução do problema os comerciantes grossistas do Zimpeto admitem possibilidade de suspender temporariamente a compra de mercadorias na vizinha África-do-Sul, algo que poderá, por um lado, resultar na escassez de batata-reno e cebola no mercado moçambicano caso isso aconteça, e por outro lado, pode resultar no défice de venda para os produtores e comerciantes sul-africanos. Na expectativa de ver o problema resolvido um grupo de vendedores está a interagir com a direcção do mercado grossista do Zimpeto para esta intervir juntamente com outras autoridades. Mas contactada a direcção do mercado não mostrou-se disponível a reagir sobre o assunto, por enquanto.

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