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Comandante-geral da PRM confirma escoltas militares em Cabo Delgado

O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) confirma que houve escoltas militares na província de Cabo Delgado entre domingo e segunda-feira, devido aos últimos ataques terroristas. Bernardino Rafael pede desculpas pelos possíveis transtornos causados pelas operações das autoridades às pessoas.

O pânico voltou a dominar em Cabo Delgado desde a semana passada, a começar pela aldeia de Nanduli, no distrito de Ancuabe, a cerca de 100 quilómetros da capital provincial, a cidade de Pemba. Seguiram-se as aldeias de Intutupue e Nipataco, a cerca de 50 quilómetros da mesma capital.

E a menos de 40 quilómetros de Pemba, o distrito de Metuge não escapou da incursão dos terroristas, o que vem forçando o deslocamento das pessoas – algumas para locais que desconhecem e, aliás, as autoridades tiveram de introduzir escolta pelas vias.

Com esta medida, Bernardino Rafael assume que há condicionamento da circulação de pessoas, daí que “têm que nos perdoar sempre porque esta missão, que interfere na vida do cidadão, quando sentimos que há perigo, sempre vai acontecer. Não é de gostar. Ninguém vai gostar, mas somos impostos, às vezes, esta obrigatoriedade de prevenirmo-nos do mal”.

Entretanto, na terça-feira, o secretário permanente do Ministério da Defesa Nacional mostrou-se pouco informado sobre a situação e disse que acreditava não existir escolta à entrada e saída da cidade de Pemba.

“Presentemente, temos colegas em Cabo Delgado. Hoje e ontem (terça e segunda-feira) não tive essa informação. Acredito que não há escolta”, disse Casimiro Mueio.

Os últimos ataques em Cabo Delgado têm forçado milhares de pessoas a deslocarem-se das suas aldeias para Pemba e outros pontos da zona Norte.

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