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Cidade e Província de Maputo ainda não matricularam 50% de crianças

Foto: O País

Faltam dois dias para o fim das matrículas e ainda não foi alcançada a meta de 100 por cento das cerca de 1.312.000 crianças previstas por serem matriculadas para ingressar na primeira classe em 2022, no país.

Até ao dia 15 de Dezembro foram matriculadas cerca de 843 mil crianças, cerca de 64,3 por cento. Segundo a porta-voz do Ministério da Educação, Gina Guibunda, as províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula e Tete têm uma taxa de execução acima dos 80 por cento.

“Contudo, ainda temos duas províncias que nos deixam preocupados, a Província de Maputo e a Cidade de Maputo, estas duas ainda não haviam atingido 50 por cento de execução”, as duas rondavam nas taxas de 44 e 43 por cento, respectivamente.

A porta-voz considera que essa redução no número de alunos inscritos deve-se ao facto de estes dois locais terem disponível maior número de escolas privadas e, neste momento, as duas províncias trabalham junto das escolas privadas para aferir se, os alunos que deviam estar inscritos no sistema público, já estão nas escolas particulares.

Segundo Guibunda, caso as crianças estejam inscritas nessas escolas, a meta nesses locais estará próxima de ser alcançada, pois a meta de um milhão e trezentas mil é para todas as crianças que completem seis anos até 30 de Junho de 2022.

“Nos outros anos, normalmente, a Cidade de Maputo tem estado nos lugares cimeiros, mas talvez por conta da COVID-19, se calhar os pais têm optado pelas escolas privadas por, geralmente, estas terem o menor número de crianças”, concluiu, a fonte.

Na escola Primária, Amílcar Cabral, na Cidade de Maputo, é a prova do número reduzido de crianças inscritas, é que segundo a directora, Lídia Muianga, das 86 vagas disponíveis, até esta terça-feira tinham sido matriculados 36 alunos.

“O processo de matrículas aqui na escola é um pouco complicado”, lamentou, e depois supôs “se as aulas iniciassem hoje, só teríamos uma turma ocupada, temos poucos alunos, até agora”.

O cenário é vivido, igualmente, na Escola Primária Unidade 18, que até a manhã desta terça-feira, tinha ocupado 82 vagas do universo de 166 disponíveis, conforme explicou a directora-Adjunta, Alzira Basílio.

“Nos outros anos, esgotávamos as vagas logo nas primeiras semanas e até solicitavam mais, mas desde o ano passado a procura tem sido reduzida, queremos crer que os pais virão matricular os seus filhos, assim que as aulas iniciarem”.

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