O País – A verdade como notícia

Ciclo de Cinema Europeu exibido em Maputo e Quelimane

30 filmes farão a 18ª edição do Ciclo de Cinema Europeu, evento a realizar-se nas cidades de Maputo (24 deste mês a 9 de Maio) e Quelimane (3 a 9 de Junho). Daquele universo cinematográfico, 16 filmes é o número de longas-metragens e os outros 14 são curtas-metragens de jovens realizadores moçambicanos, fruto da 3ª edição do concurso e workshops de curtas promovidos pelo Centro Cultural Moçambicano-Alemão e a Embaixada da Alemanha.

Nesta 18ª edição do Ciclo de Cinema Europeu, que, anualmente, traz ao país uma mostra do da sétima contemporânea exibida em várias cidades, este ano, irá decorrer no Centro Cultural Franco-Moçambicano, na cidade de Maputo, de 24 deste mês a 9 de Maio, em duas sessões diárias, às 17h e às 19h30. Ainda na capital moçambicana, e Ciclo poderá ser acompanhado pelos espectadores no bairro Chamanculo, em duas sessões ao ar livre, no campo do Cape Cape, a 3 e 4 de Maio, às 19h.

Quanto à capital da Zambézia, o Ciclo de Cinema Europeu decorrerá de 3 a 9 de Junho nos espaços do Ponto de Encontro e Universidade Pedagógica.

Com efeito, a cerimónia de abertura da 18ª edição do ciclo está marcada para 24 do mês em curso, pelas 18h, no jardim do Centro Cultural Moçambicano-Alemão, com música ao vivo, seguida da exibição do primeiro filme.

De acordo com a organização do evento, durante a presente edição serão apresentados filmes europeus de produção recente de vários países do velho continente: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça.
A organização do Ciclo de Cinema Europeu, que este ano coube a Alemanha, resulta de uma colaboração entre várias Embaixadas e Centros Culturais dos países da União Europeia em Moçambique.

OS FILMES
Entre os filmes que serão exibidos nesta edição do ciclo, constam “Em trânsito” (2018, 102 min.), drama de Christian Petzold. Neste filme, quando Georg (Franz Rogowski), um refugiado político, tenta fugir de França, roubando os manuscritos de um autor falecido, assume a sua identidade.

Preso em Marselha, em trânsito para a América do Sul, acaba conhecendo Marie (Paula Beer), que está desesperada para encontrar o seu marido desaparecido na guerra. Começa assim uma história com vários conflitos, a ter lugar na Europa contemporânea. Dos Países Baixos, o filme seleccionado é intitulado “Estranho no paraíso” (2016, 82 min.), documentário de Guido Hendrikx. Aqui encontra-se um exame da visão europeia da crise dos refugiados em três actos: três grupos de migrantes são recebidos por um homem, que sempre
assume uma atitude diferente: rejeição na primeira parte, e cheia de empatia e boa vontade na segunda. Na última parte, ele representa o procedimento de asilo holandês, com todas as suas regras complicadas. Hendrikx mostra onde os sonhos dos refugiados se chocam com a realidade e obriga o espectador a pensar sobre a sua própria posição. Da Suécia, a proposta levada à 18ª edição do ciclo é “Martha e Niki” (2016, 92 min.), documentário de Tora Mkandawire Mårtens. Esta é a história de duas mulheres que, pela primeira vez, se tornam campeãs mundiais de hip-hop. Este filme retrata o amor de Martha e Niki pela dança, de uma para com a outra e como a amizade das duas é posta à prova. Do Reino Unido, “Maria, a rainha dos escoceses” (2018, 123 min.), drama de Josie Rourke é a proposta para este ciclo. Na história, Maria Stuart, rainha da França aos 16 e viúva aos 18, desafia a pressão de voltar a casar. Em vez disso, regressa ao seu país natal, Escócia, para recuperar o seu direito ao trono, numa altura em que a Escócia e a Inglaterra estão sob o domínio da imperiosa Isabel I. Cada uma das jovens rainhas vê a sua “irmã” com terror e fascínio.

Rivais no poder e no amor, e regentes num mundo de homens, as duas têm de decidir como mover as peças no jogo do casamento contra a independência. Determinada a governar como mais do que uma mera representante, Maria impõe a sua reivindicação ao trono inglês, ameaçando a soberania de Isabel. Traição, revolta e conspirações em cada uma das cortes põem em perigo ambos os tronos e mudam o rumo da história. Da Suécia, Noruega e Dinamarca (2016, 110 min.) será projectado Sami Blood, drama de Amanda Kernell. O filme retrata a vida de uma menina lapónica de 14 anos. Exposta ao racismo e à biologia racial da década de 1930, ela sonha ter uma outra existência, e para o conseguir ela renuncia à sua família e à sua cultura. O filme ganhou o

Prémio Lux do Parlamento Europeu, em 2017.
 

 

 

 

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos