O País – A verdade como notícia

Ciclo de Cinema Europeu arranca esta terça-feira no Franco

A 19ª edição do Ciclo de Cinema Europeu arranca esta terça-feira e irá decorrer em três espaços: Centro Cultural Franco-Moçambicano, nos bairros suburbanos de Maputo e no Centro Cultural Português na Beira, até 27 de Agosto.

 

Benni é o nome de uma menina de 9 anos de idade e que não está interessada em mudar os seus caminhos. No entanto, os serviços de protecção à criança tentam o seu melhor para encontrar uma colocação permanente à miúda. Esta tentativa de sinopse, na verdade, resume o que o filme Falha de sistema, realizado por Nora Fingscheidt, é. Para maiores de 11 anos de idade e com 125 minutos de duração, a longa-metragem de 2019 é uma das produções que será exibida na 19ª edição do Ciclo de Cinema Europeu que inicia esta terça-feira, na Cidade de Maputo.

Além do drama alemão, o cartaz inclui o filme austríaco Oskar & Lilli – onde ninguém nos conhece, realizado por Arash T. Riahi. Esta é uma produção de 2020, com 102 minutos de duração, igualmente, para maiores de 11 anos. No enredo, estão dois irmãos refugiados, nomeadamente, Oskar e Lilli, que vivem na Áustria há seis anos. Entretanto, as duas personagens estão prestes a ser deportadas na companhia da mãe. Mas há algo inesperado que acontece, ou seja, uma tentativa de suicídio da mãe, o que faz com essa família tenha uma suspensão de curto prazo da deportação e uma separação forçada.

Ora, da Bélgica a proposta cinematográfica é Bistrô romântico, do realizador Joël Vanhoebrouck, uma comédia romântica de 2012. Em 102 minutos, a longa-metragem retrata a história de Pascaline, uma personagem de 40 anos de idade que transporta o telespectador a uma narrativa de amor, traição e suicídio iminente.

Como é habitual, a Península Ibérica também estará representada no Ciclo. Por exemplo, de Espanha vem o filme Viver é fácil de olhos fechados, realizado por David Trueba. Esta também é uma comédia, porém, dramática, cujo enredo inclui personagens que, estando à procura de John Lennon, músico britânico dos eternos Beatles, encontraram-se a si próprios.

Já de Portugal, a proposta é A herdade, de Tiago Guedes. Em 164 minutos, a longa de 2019 retrata a história de uma família proprietária de um dos maiores latifúndios da Europa, na margem sul do Rio Tejo. Assim, a trama convida o telespectador a mergulhar profundamente nos segredos da sua herdade, fazendo o retrato da vida histórica, política, social e financeira de Portugal dos anos 40.

Não obstante, a Suécia participa no Ciclo com o filme O paciente perfeito, de Mikael Håfström. Para maiores de 15 anos de idade, a longa de 110 minutos apresenta uma história cativante do maior escândalo judicial de todos os tempos daquele país, sobre o repórter que questionou todo o sistema jurídico sueco.

Por sua, a Suíça traz o documentário Africa das mulheres, realizado por Mohammed Soudani. O filme é de 2020, tem 89 minutos de duração e é uma viagem que passa por sete países africanos: Moçambique, Gana, Senegal, Ruanda, Quénia, Costa do Marfim e Burundi) para conhecer mulheres poderosas que estão determinadas a fazer tudo para oferecer um futuro melhor aos povos africanos.

Além dos países acima referenciados, também fazem parte desta 19ª edição do Ciclo do Cinema Europeu: Roménia, Finlândia, Noruega, Itália, França e Países Baixos.

Nesta edição, o Ciclo de Cinema Europeu irá decorrer em três fases. Primeiro, de 3 a 10 de Maio, no Centro Cultural Franco-Moçambicano. Depois, de 16 a 20 de Maio, nos bairros suburbanos de Maputo (Mafalala, Chamanculo, Xipamanine, Polana Caniço, Maxaquene e Choupal). E, por fim, de 22 a 27 de Agosto, no Centro Cultural Português na Beira.

A organização compromete-se em passar na grande tela 16 filmes produzidos recentemente, o que considera “uma excelente oportunidade para nos actualizarmos e também nos distrairmos com a cultura europeia que o cinema nos trará”, acrescenta a organização em comunicado de imprensa: “A presente edição do Ciclo de Cinema Europeu é resultado de uma imensa coordenação entre a Delegação da União Europeia, os Estados membros e não-membros participantes e os Centros Culturais Franco-Moçambicano (CCFM) e Moçambicano-Alemão (CCMA), em Maputo”.

As sessões cinematográficas da 19ª edição do Ciclo de Cinema Europeu serão gratuitas.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos