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Chinamacondo aposta na agricultura e pesca para reduzir desnutrição

Trata-se de uma localidade que dista cerca de 70 quilómetros da cidade da Beira, onde o estigma de que o combate à desnutrição crónica é uma actividade feminina começa a desaparecer.

Homens e mulheres ocupam o seu dia na pesca, agricultura e em palestras sobre a necessidade de uma alimentação saudável. Com o medo de ver seus filhos padecendo de desnutrição crónica, os homens tomaram a decisão de fazer parte da luta contra este mal, naquele ponto do país, após a implementação do “ProPesca”, um projecto financiado pela União Europeia (UE) e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrário (IFAD).

Para o efeito, nas segundas e sextas-feiras despertam antes de o sol nascer e, enquanto partilham os sonhos e pesadelos da noite anterior, caminham ao centro de saúde local carregando frutos, farinha de milho, mandioca e a esperança de ver a sua comunidade livre da desnutrição crónica.

José Filipe, de 37 anos, pai de 11 filhos, com duas esposas, integra uma comissão constituída por 30 mulheres que faz palestras e prepara alimentos fortificados no centro de saúde local.
O medo de ver um dos filhos mal nutridos levaram-no a juntar-se ao grupo que se dedica à actividade de consciencialização das mães e famílias locais sobre as práticas de uma alimentação saudável, com vista a garantir um desenvolvimento saudável para os seus filhos.

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