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China e EUA adiam por 90 dias o aumento das taxas alfandegárias

Os dois países estabeleceram uma trégua comercial que, na prática, adiou por 90 dias o aumento das taxas alfandegárias norte-americanas impostas sobre importações chinesas, depois de Donald Trump e Xi Jinping terem chegado a um acordo durante um jantar, no final da cimeira do G20, num momento em que os Estados Unidos registam recordes negativos no défice comercial e a China uma desaceleração da economia.

A informação foi avançada pelo Observador, esta terça-feira, com base no comunicado de Pequim, sobre indicação de que negociadores chineses e norte-americanos discutiram por telefone um calendário de negociações para tentar acabar com a disputa comercial entre os dois países.

O breve comunicado de Pequim, o qual o Observador teve acesso indica que foi discutido “o calendário das próximas consultas económicas e comerciais”, mas não precisa onde e quando estas terão lugar. No texto também não consta qualquer informação se Liu He e os seus interlocutores abordaram o caso Huawei, que voltou a colocar tensão nas relações entre os dois países após a detenção da dirigente do gigante de telecomunicações chinês.

O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, conversou com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, e com o representante de Comércio, Robert Lighthizer, sobre as formas de concretizar o “consenso” alcançado pelos líderes dos dois países, após o entendimento alcançado entre os presidentes chinês e norte-americano na cimeira do G20 de 30 de Novembro em Buenos Aires, na Argentina, pode ler-se no comunicado, o qual o Observador teve acesso.

A administração norte-americana tinha anunciado que as taxas alfandegárias sobre importações chineses no valor de 200 mil milhões de dólares iam crescer de 10 por cento para 25 por cento no início do próximo ano e Trump estava a considerar alargar o número de bens chineses que iriam sofrer esse aumento.

 

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