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Cerca de 38 mil pessoas morreram por HIV/SIDA em 2020 no país

Foto: DW

As infecções e mortes pelo HIV/SIDA tendem a baixar no país, mas continuam preocupantes, sobretudo porque há muitas pessoas que, apesar de infectadas, não buscam tratamento. Quem o disse foi o secretário executivo do Conselho Nacional do Combate ao SIDA, Francisco Mbofana.

Em 2019, a região da África Subsaariana, foi dada como tendo cerca de 68 por cento de pessoas de todas as faixas etárias a viver com o HIV no mundo, e Moçambique, é considerado o segundo país na região que mais contribui em novas infecções por HIV/SIDA.

Segundo Francisco Mbofana, esses dados colocam enormes desafios às autoridades de Saúde, no sentido de travar novas transmissões através de medidas preventivas e consciencialização.

O dirigente não escondeu que as novas infecções influenciam, significativamente, o normal funcionamento do sistema de saúde no país.

“Estes números continuam muito altos e têm afectado o nosso esforço no controlo da epidemia, pois isso implica uma sobrecarga e ao mesmo tempo medidas urgentes e adicionais para colocar as pessoas em tratamento”, afirmou Francisco Mbofana.

Actualmente, 74 por cento das pessoas que vivem com HIV no país estão a receber gratuitamente o Tratamento Antirretroviral, mas Mbofana afirmou que há quem ainda foge das autoridades de saúde.

“Precisamos ser céleres na mobilização desses indivíduos no sentido destes aproximarem às unidades sanitárias e tal também passa por uma acção das próprias comunidades, até porque lá existem unidades de testagem e aconselhamento”, disse.

Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, 94 mil mulheres grávidas testaram positivo para o HIV. A taxa de transmissão vertical do HIV da mãe para o seu filho foi de 13 por cento. No geral, segundo as estimativas das autoridades, cerca de 2.1 milhões da população moçambicana vive actualmente com o vírus.

O risco de infecção pelo HIV é alto entre as populações chave, mulheres e raparigas adolescentes e mulheres jovens, sendo que em 2020 os adolescentes e jovens foram responsáveis por 40% das novas infecções por HIV.

Francisco Mbofana falava no lançamento das celebrações do Dia Mundial de Luta contra a SIDA, no dia 01 de Dezembro, sobre o lema “Acabar com as desigualdades”. Acabar com o SIDA. Acabar com as pandemias”.

As cerimónias centrais vão acontecer na cidade de Inhambane, que coincidirão com o lançamento, pela primeira vez, da iniciativa Dezembro Vermelho, uma campanha de reflexão e consciencialização sobre prevenção, testagem e tratamento do HIV/SIDA.

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