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Cazaquistão antecipa eleições presidenciais para Junho

Após a surpreendente renúncia do Presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, o chefe de Estado interino, Kassym-Jomart Tokayev, anunciou hoje eleições presidenciais antecipadas para 09 de Junho.

 A eleição presidencial tinha sido inicialmente marcada para Abril de 2020.

No seu discurso à nação, o Presidente interino explicou que é "necessário acabar com todas as incertezas" para "garantir o acordo dentro da sociedade" e trazer "o desenvolvimento" para este país rico em hidrocarbonetos, que tem enfrentado dificuldades económicas nos últimos anos.

Como ex-Presidente, Nursultan Nazarbayev, continuará a ocupar posições-chave no país que liderou por trinta anos. A sua sucessão será um desafio para a ex-República soviética, que nunca passou por uma transição democrática em quase 30 anos de independência.

Nursultan Nazarbayev, de 78 anos, chegou ao poder da República soviética do Cazaquistão em 1989 e, uma vez proclamada a independência em 1991, assumiu a Presidência do maior país da Ásia Central.

Em Maio de 2010, Nazarbayev foi proclamado líder da nação com imunidade vitalícia, por isso que não pode ser detido e nem processado por actos cometidos em activo ou uma vez que deixe o poder.

Em Março do ano em curso, Nazarbayev anunciou a sua renúncia ao cargo de Presidente da República.
Kassym-Jomart Tokayev, de 65 anos, até então líder do Senado, tornou-se Presidente interino. Tokayev ainda não disse se vai concorrer à Presidência do Cazaquistão, apesar de a maioria dos analistas o considerar um candidato potencial para as próximas eleições.

"Eu não penso que haja muita dúvida", disse o analista político Aidos Sarym, acreditando que Tokayev se apresente como candidato presidencial.

Segundo Sarym, a decisão de convocar uma eleição presidencial antecipada visa aliviar os temores de incerteza que pairam sobre o país após a surpreendente demissão de Nazarbayev.

“Segundo a legislação, em caso cessação das faculdades do presidente, suas obrigações serão assumidas pelo presidente do Senado. Depois haverá eleições”, disse.

 

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