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Casamentos prematuros continuam a preocupar no país

A prevalência do casamento prematuro está a diminuir globalmente, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgados esta terça-feira. Em geral, refere a nota da instituição, a proporção de mulheres que casaram ainda crianças diminuiu 15 por cento na última década, de uma em cada quatro para aproximadamente uma em cada cinco.

No sul da Ásia registou-se maior declínio no casamento prematuro em todo o mundo nos últimos 10 anos, tendo os dados caído de 50 para 30%.

Os dados mostram igualmente melhorias em países como a Etiópia, onde se registou um declínio de um terço nos últimos dez anos.

No entanto, em Moçambique, apesar dos esforços para a redução dos casos, os números continuam preocupantes, pois, mesmo que a percentagem de raparigas casadas na adolescência tenha diminuído, o número absoluto de casamentos prematuros aumentou, de acordo com o comunicado do UNICEF.

O país continua entre os com maior prevalência de casamento prematuro no mundo e apresenta índices de prevalência acima dos restantes países da África Austral e Oriental, ficando apenas atrás do Malawi. Quase uma em cada duas raparigas (48,2%) casou antes dos 18 anos e destas, 14,3% casaram antes dos 15 anos, segundo o Índice Demográfico de Saúde (IDS 2011).

Segundo Marcoluigi Corsi, representante do UNICEF em Moçambique, existe a necessidade de se manter esforços, no sentido de criar estratégias para acabar com as práticas de casamentos prematuros. “Saudamos o trabalho contra esta prática social retrógrada que viola direitos humanos e atrasa o desenvolvimento nacional. O desafio agora é continuarmos tais esforços e mantê-los uma prioridade para o desenvolvimento, a nível das comunidades e do Governo, e a tomar as medidas necessárias para eliminar o risco de casamento prematuro para a próxima geração de meninas”, apelou.  

 

 

 

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