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Campeões africanos recebem prémios no Senegal

Fotos: CAF

Cada jogador da selecção senegalesa de futebol, vencedor do 33.º Campeonato Africano das Nações (CAN) Camarões 2021, receberá um prémio especial de 50.000.000 francos CFA (cerca de 100.000 dólares americanos – perto de 6.500.000 Meticais), anunciou o Presidente senegalês, Macky Sall, numa cerimónia de homenagem.

Os jogadores senegaleses, que conquistaram o inédito troféu do Campeonato Africano das Nações, CAN-2021, no domingo passado, nos Camarões, foram esta terça-feira premiados com valores monetários no valor de 100 mil dólares, perto de 6.500.000 de Meticais, para além de terrenos em Dakar e na cidade futurista de Diamniadio.

A cerimónia foi dirigida pelo respectivo presidente senegalês, Macky Sall, que, na ocasião, disse que “sonhámos com a taça, vocês construíram esse sonho e tornaram-no realidade. Finalmente, aqui temos o troféu da Taça das Nações Africanas”, realçando ainda o esforço e o compromisso dos jogadores na prova africana dos Camarões.

No domingo, recorde-se, o Senegal venceu o Egipto, do luso-moçambicano Carlos Queiroz, no desempate das grandes penalidades, após o nulo no fim do tempo regulamentar e no prolongamento, e foi recebida em êxtase em Dakar, na manhã de segunda-feira, por milhares de adeptos que começaram a festa na noite de domingo, que se prolongou até ao final do dia de segunda-feira, decretado feriado nacional, para permitir festa para todos.

Macky Sall, que cancelou mesmo uma visita oficial às Ilhas Comores para se juntar aos milhares em euforia pela conquista, enalteceu o trabalho em equipa da delegação senegalesa. “Vocês honraram a nação, em troca a nação da qual vocês tanto se orgulham vos deve estas honras”, completou o Chefe de Estado, dirigindo-se ao capitão Kalidou Koulibaly, numa cerimónia no palácio presidencial.

O êxito dos Leões de Teranga deixou o país em êxtase, até por ser o seu primeiro título no CAN, depois de ter perdido as finais contra os Camarões, no Mali, em 2002, e com a Argélia, na edição do Egipto, em 2019.

Toda a comitiva, incluindo jogadores, equipa técnica, dirigentes e staff de apoio, composta por mais de 60 pessoas, foi condecorada com a Ordem Nacional do Leão.

Além dos 100 mil dólares que vão receber, um valor considerável para os padrões económicos no Senegal, cada membro da delegação foi presenteado com um terreno de 200m2 em Dakar e outro de 500m2 na nova cidade de Diamniadio, o projecto futurista do país, onde já se situa o recente estádio nacional e outras infra-estruturas desportivas e empresariais de luxo.

Agora, consumado o sonho africano, o Presidente deseja ver a equipa classificada entre as quatro melhores do Mundial-2022 do Qatar.

“Não estou a pedir para ganharem o Mundial, mas para atingirem as meias-finais”, desafiou Macky Sall aos Leões de Teranga.

Para se qualificar ao Mundial, o Senegal vai ter pela frente um play-off, em Março, precisamente contra o Egipto, em duas mãos.

 

“GANHEI A CHAMPIONS, MAS O CAN É MAIS IMPORTANTE”

No rescaldo da conquista do Campeonato Africano das Nações, CAN-2021, Sadio Mané não escondeu a alegria que estava a viver. Em declarações à BBC, o avançado do Liverpool não escondeu o orgulho de ter conquistado o título africano. “Foi o melhor dia da minha vida e o melhor troféu da minha carreira”, disse Sadio Mané, citado pela BBC.

Apesar das conquistas que teve ao serviço do Liverpool da Inglaterra, entre as quais a Liga dos Campeões, Mané confessou que ganhar algo pela selecção do seu país é diferente.

“Ganhei a Liga dos Campeões e alguns (outros) troféus, mas este é especial. Isto é o mais importante para mim. Estou feliz por mim, pelo meu povo e por toda a minha família”, não escondeu a alegria Mané.

O futebolista de 29 anos até falhou uma grande penalidade no tempo regulamentar, mas assumiu a responsabilidade de bater o penálti decisivo que valeu o título ao Senegal.

Sobre estas duas grandes penalidades, Mané disse que “quando perdi o primeiro penálti, foi um grande golpe. Mas, os meus companheiros vieram até mim e disseram ‘Sadio, nós perdemos juntos e ganhamos juntos. Nós conhecemos-te. Fizeste muito por nós, continua’. Isso me fortaleceu e acho que fez a diferença quando consegui o segundo. Todos vieram até mim e disseram ‘Sadio, confiamos em ti’ e isso me deu mais motivação. O troféu pertence a toda a equipa do Senegal, todos merecem”.

Mané foi eleito o melhor jogador da competição cuja final foi realizada no domingo, na cidade de Yaoundé, nos Camarões. Durante a prova, o craque destacou-se com três golos e duas assistências. A selecção senegalesa foi considerada equipa “fair-play” pelo jogo limpo. Já o guarda-redes do Senegal, Edouard Mendy, foi o melhor ao sofrer quatro golos, enquanto o homólogo do Egipto, Mohamed Abdelmonem, foi distinguido como melhor guarda-redes do jogo da final.

O camaronês Vicente Aboubakar foi o melhor marcador da prova com oito golos, superando, na corrida, o compatriota Carl Ekambi, com cinco, e o marroquino Sofiane Boufal, com três tentos.

Na classificação por equipas, o Senegal sagrou-se campeão, destronando a Argélia.

O Egipto foi segundo, os Camarões terceiro e o Burkina Faso ficou em quarto lugar.

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