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Banco Central baixa taxa de juro de referência para 12.75%

O Banco de Moçambique voltou a reduzir a taxa de juro de política monetária em 50 pontos bases para 12.75% e na mesma proporção, a Facilidade Permanente de Depósitos e de Cedência para 9.75% e 15.75%.

A redução da taxa de juro de política monetária em 50 pontos bases para 12.75% é justificada pelo Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique com a melhoria contínua das perspectivas de inflação para o médio prazo.

“A nossa avaliação dos riscos associados a essa previsão tornou-se mais favorável com o recente Acordo de Paz e consequente início do processo de desarmamento, desmobilização e reintegração. Contudo, persistem incertezas que justificam a postura conservadora da política monetária”, lê-se no comunicado do Banco de Moçambique enviado esta quarta-feira ao “O País”.

O Banco Central considera que a trajectória de queda da taxa de juro de política monetária poderá continuar, uma situação que vai contribuir para a redução do custo do financiamento, a curto e médio prazo.

O regulador do sector financeiro prevê ainda que os preços internos continuem a registar maior estabilidade devido à expectativa de menor pressão no mercado cambial.

“A previsão de menor pressão cambial no médio prazo decorre das expectativas de maiores influxos de moeda externa para financiar a reconstrução pós-desastres naturais e os projectos de exploração de recursos naturais.”, refere o comunicado do Banco de Moçambique.

Contudo, o Banco Central alerta que a dívida pública interna continua a aumentar. De Junho a esta parte, aumentou para 134.478 milhões de meticais, reflectindo a emissão de Obrigações do Tesouro em 3.787 milhões de meticais.

“Entretanto, mantêm-se como principais fontes de risco os focos de instabilidade militar em Cabo Delgado, a sustentabilidade da dívida pública em face da necessidade de financiamento tanto do défice das eleições de 2019 como da reconstrução das infra-estruturas pós-desastres naturais e as incertezas em relação ao processo eleitoral”, refere o comunicado.
 

 

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