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Automobilistas em Maputo estão cansados de enfrentar buracos nas estradas

Foto: O País

Na quarta-feira da semana em curso, o edil da capital do país, Eneas Comiche, prometeu, mais uma vez, que a reabilitação de algumas estradas, neste momento em mau estado, vai arrancar até ao fim deste ano. Entretanto, os automobilistas estão cépticos, devido a várias promessas que não passaram de palavras e queixam-se de danos nas suas viaturas.

A avenida Guerra Popular, esburacada em quase  toda a sua extensão e em todas as faixas de rodagem, é a que mais inquieta os seus utentes. A via, que está em péssimas condições no centro da cidade de Maputo, tem buracos de todos os tamanhos, desde os mais ligeiros aos mais fundos.

Circular naquela rodovia exige atenção redobrada. O “zig-zag” é inevitável, pois os buracos mantêm-se intactos há muito tempo. Quem por ali circula se arrisca a ver os pneus da sua viatura literalmente engolidos.

Zacarias Siueia é motorista de transporte semi-colectivo de passageiros e, todos os dias, submete-se a esta situação. Siueia até sugere que reabilitar aquela avenida pode ser fácil, porque possui duas faixas de rodagem em cada sentido, mas não deixa de deplorar o seu actual estado. “Está difícil andar aqui, há muitos buracos por todos os lados. Eu até penso que não se devia fazer inspecção de veículos aqui, na cidade de Maputo, devia ser para outros locais”.

O Conselho Municipal da Cidade de Maputo prometeu para Junho último o arranque da reabilitação daquela rodovia e tantas outras como a Avenida da Organização das Nações Unidas, mas nada aconteceu. O próprio presidente do Município de Maputo, Eneas Comiche, veio dar novo alento às promessas, desta vez para o fim do ano o arranque das obras. E estas não passam despercebidas aos automobilistas.

Lino Chavele tem dúvidas quanto às sucessivas promessas feitas pela edilidade.

A avenida Julius Nyerere, mergulhada em buracos desde a Praça dos Combatentes até à Praça da Juventude, isto é, de ponta a ponta, também está num nível em que se precisa de ousadia para enfrentá-la.

Amândio da Silva Cossa, utente da via, disse que “faz muito tempo em que estamos nisto e já estamos cansados destes buracos. Os carros vão à manutenção todo o momento, gastamos muito dinheiro por estar sempre nas oficinas. Já não acreditamos muito nessas promessas”.

Enquanto as obras não arrancam, não há, por enquanto, outra possibilidade senão escolher as covas mais amigáveis nas avenidas da metrópole.

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