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“As tintas e as cores calam as palavras” na Galeria do Flor de Café

Carnot N’zualo expõe uma individual de artes plásticas na Galeria do Flor de Café, na cidade de Maputo. A mostra inclui uma homenagem a Samate Mulungo.

 

A última exposição (colectiva) de Carnot N’zualo foi há 24 anos. Devido a tantas obrigações, académicas e sociais, o artista plástico teve de adiar por muitos anos a sua nova aparição pública. Entretanto, este ano, decidiu voltar a partilhar um pouco de si e da sua arte, na Galeria do Flor de Café, na cidade de Maputo. Para o efeito, o artista plástico organizou uma individual de pintura, constituída por 19 telas.

Intitulada “As tintas e as cores calam as palavras”, a exposição coincide com a inauguração de uma nova galeria, na capital do país, que irá acolher obras de outros artistas. Enquanto isso não acontece, nas paredes da Galeria do Flor de Café está patente uma exposição cujo conceito está dividido em três fases. Na primeira, que lá esteve exposta entre 24 de Outubro e 14 de Novembro, o autor expôs obras relativas ao mar, daí o subtítulo “O amor pelo mar”, em abstracto. Dois dias depois da inauguração da mostra, Carnot N’zualo levou às paredes novas telas, agora com o título “Caras: tributo ao mestre Samate”, que estarão expostas até 5 de Dezembro. Mas porquê homenagear Samate? “Vivi muito com ele e aprendi muito dele. Então, nesta segunda fase inspirei-me mais ou menos nas características da pintura de Samate Mulungo. A inspiração veio do mestre Samate, da maneira como ele trabalhava, misturava as cores, claro, com muito de mim.”.

A terceira e última fase da exposição de Carnot N’zualo, “Arte sobre vidro: não sei o que é”, estará patente entre 7 de Dezembro e 19 do mesmo mês. Nessa altura, o artista irá investir numa nova experiência para si, que é pintura sobre vidro, tentando explorar o máximo possível da sua capacidade criativa.

Carnot N’zualo concetrou-se no seu trabalho de pintura para mostrar aos amantes das artes plásticas o seu eu, como vê o mundo, as pessoas, como pensa e, sobretudo, para mostrar a beleza e a alegria das cores, que aparecem através dos traços. Na mostra em geral, “as pessoas também são convidadas a fazerem a sua interpretação, consoante aquilo que lhes parece ser”.

 

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