O município da Matola disse que o espaço destinado para a construção do aterro sanitário de Matlemele está a ser ocupado pela população, mas ainda assim as obras já estão em curso.
“As obras do muro de vedação já iniciaram. E ainda ontem as equipas de trabalho estiveram lá a conversar com os representantes da comissão de moradores. O mais importante é que haja comunicação sobre o que está acontecer, para que o processo decorra sem sobressaltos”, disse o presidente do município, Calisto Cossa.
O edil destacou ainda que o aterro sanitário de Matlemele é um assunto da nação, e com ele pretende-se evitar tragédias, como a que aconteceu na lixeira de Hulene.
“Nas cidades da Matola e Maputo, assim como nos distritos vizinhos temos várias lixeiras a cèu aberto. E o que mais tememos é que se assista uma situação parecida com a que aconteceu na lixeira de Hulene, onde vários compatriotas nossos perderam a vida. E é a partir do aterro de Matlemele que poderemos prevenir essas situações, uma vez que não vai servir só a Matola. mas também o país”, disse Cossa.
Embora as obras já estejam em curso, Calisto Cossa diz que há problema de entendimento sobre o que é um aterro sanitário, por isso está a ser feito um trabalho de sensibilização.
“As equipas dos conselhos municipais da Matola e Maputo, assim como do Governo através do ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural estão a trabalhar no sentido de wesclarecer o que se pretende com este projecto e dar um conforto a população. Para que desta forma entendam que o aterro sanitário é uma solução, e não um problema”, destacou o presidente do município da Matola.
Recentemente, a comissão dos moradores do bairro Matlemele queixou-se do município estar a exigir, a retirada de perto de mil famílias que ocupam 400 metros quadrados de terra, que a edilidade precisa para alargar o aterro sanitário, sem nenhuma indemnização.