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Apoios prometidos a Moçambique para aliviar a crise tardam chegar

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural diz que os produtores nacionais enfrentam desafios, principalmente no acesso ao financiamento e à banca nacional. E por causa das calamidades naturais como a seca, os ciclones Idai e Kenneth e, agora, a COVID-19, “o país está mergulhado em crises nos últimos anos”, para além da situação [terrorismo] em Cabo Delgado. “Muitos apoios foram prometidos, mas os desembolsos tardam a ter lugar”.

Celso Correia falava numa reunião virtual com o Alto Comissariado Britânico em Moçambique, na qual participaram 80 empresas britânicas e os ministérios da Indústria e Comércio e Agricultura e Desenvolvimento Rural do país.

Na reunião discutiu-se, por um lado, sobre os desafios do sector agrícola e da indústria e comércio para enfrentar a COVID-19.

Por outro, debateu-se sobre as oportunidades de financiamento existentes para Moçambique para fazer face à pandemia, tendo Celso Correia, dito que “há desafios que são enfrentados pelos produtores.

Principalmente na questão de acesso a financiamento e a Banca nacional aqui representada ainda está muito longe deste grupo-alvo”.

O governante desafiou também os parceiros internacionais e as empresas de crédito a ajustarem os seus requisitos para uma maior inclusão dos pequenos e médios produtores. Desafiou igualmente a uma maior celeridade em prover os fundos anunciados para que estes cheguem a população em tempo útil.

Ademais, o Governo moçambicano pretende construir novas cadeias de valor para permitir que mais pessoas dependentes da agricultura possam acrescer as suas produções e evoluir da agricultura de subsistência para a comercial.

Prosseguindo, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural afirmou que “o país está mergulhado em crises nos últimos anos, sendo afectado por constantes calamidades naturais como a seca, os ciclones Idai e Kenneth e, agora, a COVID-19, para além da situação em Cabo Delgado. Muitos apoios foram prometidos, mas os desembolsos tardam a ter lugar”, segundo um comunicado enviado ao “O País”.
Por sua vez, o ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, defendeu a necessidade de maior uso de tecnologia.

“Tanto na agricultura como no comércio, há uma necessidade de expansão e modernização das indústrias em Moçambique. Acesso a internet e uma economia mais digital são umas das metas do sistema económico moçambicano. Nós esperamos que as empresas britânicas possam participar desta economia. A Economia não pode parar devido à COVID-19”.

O documento a que nos referimos indica que o “encontro digital” entre o Alto Comissariado Britânico em Moçambique, o Ministério da Indústria e comércio, Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural e sector privado britânico aconteceu segunda-feira.

Do Governo do Reino Unido, através da Alta Comissária NneNne Iwuji-Eme, foi reforçado o cometimento em continuar com uma parceria de benefício mútuo. Plataformas de diálogo entre o governo Moçambicano e o sector privado britânico continuam abertas, refere a nota.

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