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Ano lectivo 2022: ainda não se matriculou nem a metade do previsto para a 1ª classe

Apenas 37.6 por cento dos cerca de um milhão e trezentos mil alunos esperados para sentar no banco da escola, pela primeira vez, em 2022, é que já foram matriculados, em todo o país, quase dois meses após o início do processo.

Segundo a porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Gina Guibunda, até ao dia 15 de Novembro, já tinham sido inscritas 493.113 crianças que completam seis anos até 30 de Junho de 2022.

E porque os números estão aquém do desejado, a situação não satisfaz o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, que esperava, até ao momento, ter quase todas as crianças inscritas.

“A falta de documentos de identificação, como é o caso da certidão de nascimento, não deve ser impedimento para o processo de matrículas, por isso o apelo é que, mesmo sem esse documento, os pais façam uma pré-inscrição enquanto tratam os documentos”, instou a porta-voz.

Para além da inscrição das crianças que completam seis anos até 30 de Junho, podem, também, ser matriculadas crianças com 14 anos que, nos anos passados, por alguma razão, não frequentaram a escola.

Enquanto as matrículas decorrem a um passo de “camelão”, no sentido contrário, preparam-se os exames da 7ª, 10ª e 12ª classes, cujo início está previsto para esta quinta-feira.

“Nós contamos com a realização de 582.501 alunos da sétima classe, que vão fazer exame nos dias 25 e 26. A partir de 29 de Novembro a 03 de Dezembro, serão realizados exames da 10ª e 12ª classes. Na 10ª, esperamos que realizem 360.765 alunos e, na 12ª, esperamos por 201.473, perfazendo um total de 1.144.7039 alunos”, descreveu.

A primeira chamada termina a 03 de Dezembro e a segunda inicia três dias depois, ou seja, a 06 de Dezembro e vai até ao dia 10, mas, mais uma vez, os alunos terão apenas uma oportunidade para realizar o exame, já que a segunda chamada será apenas para os que, por motivos de força maior, tiverem faltado à primeira chamada, conforme explicou a fonte.

“Aquele aluno que fizer o exame na primeira chamada e reprovar não terá direito de fazer outro”, referiu.

A interlocutora sublinhou que nenhum aluno será prejudicado nesses exames, tanto as vítimas dos conflitos armados, como os alunos das cidades e vilas que tiveram as aulas suspensas por causa da pandemia da COVID-19.

Conforme explicou Gina Guibunda, os alunos das zonas em conflito serão examinados nas escolas onde foram acolhidos e assegurou que “não há risco de estes alunos não realizarem os seus exames”.

“Para aqueles que tiveram as aulas suspensas, não será problema, pois o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano foi fazendo ajustes no programa de ensino, as escolas foram orientadas a ter o seu plano de recuperação das aulas destes alunos”, disse.

O ano lectivo 2021 terminou na última sexta-feira e o início do ano lectivo 2022 está previsto para 31 de Janeiro.

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