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Angola celebra 45 anos com manifestações não autorizadas

Angola celebra, esta quarta-feira, 45 anos de Independência com manifestações não autorizadas de jovens activistas, que mantêm a intenção de sair à rua para protestar contra o elevado do custo de vida e pedir eleições autárquicas em 2021.

O Governo Provincial de Luanda proibiu a marcha invocando incumprimento de horário, falta de moradas e as medidas vigentes na actual situação de calamidade pública, mas os organizadores desafiam a proibição que dizem não ter bases legais e mantêm a intenção de sair às ruas, escreve o Observador.

Noutras províncias, segundo a Lusa, chegam relatos de detenções de activistas e coordenadores de protestos semelhantes e o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, afirmou na segunda-feira, em Benguela, que as forças de segurança não vão permitir aglomerações com mais de cinco pessoas, em obediência ao decreto presidencial que aCtualizou a situação de calamidade pública.

“Não garanto [que não haja confronto], desde que respeitem a lei… e também a segurança pública”, disse o ministro, sublinhando que, “pacificamente, as pessoas estão autorizadas, mas devem respeitar o decreto, ajuntamento com mais de cinco pessoas é violação”, afirmou o ministro.

 

MPLA exorta participação “patriótica” dos angolanos na festa dos 45 anos de independência

O Movimento Popular de Libertação de Angola, partido político angolano, que governa o país desde sua independência de Portugal em 1975 apelou hoje a todos os angolanos a participarem “de forma patriótica” nas actividades comemorativas dos 45 anos da independência do país, esta quarta-feira.

Numa declaração, citada pelo Observador, alusiva aos 45 anos de independência do país, MPLA enalteceu as conquistas alcançadas ao longo do percurso histórico de Angola.

O documento realça que a Angola de hoje é o resultado do espírito de bravura e determinação dos heróis da liberdade e dos esforços abnegados na defesa da soberania e da unidade nacional.

“A estabilidade social e política são bens inalienáveis arduamente conquistados com suor, sangue e lágrimas consentidos pelos melhores filhos da nossa amada pátria”, sublinha a nota, citada pelo Observador.

O documento realça ainda que “Angola regista progressos assinaláveis no exercício da cidadania e preservação da estabilidade política e social, da unidade e reconciliação nacional, da paz e da democracia”.

Na declaração, o Bureau Político reitera a firme confiança de que Angola há de preservar e materializar os sonhos de liberdade, paz e desenvolvimento de todos os seus filhos, mantendo-se fiel, no contexto da política externa, aos princípios da solidariedade e cooperação com todos os povos do mundo.

“Nesta data de júbilo e de reflexão pelo aniversário do maior feito do povo angolano, a independência nacional, o Bureau Político do MPLA exorta aos militantes, simpatizantes e amigos do partido para cerrarem fileiras em torno da liderança do camarada presidente João Lourenço, para vencermos os desafios do presente e do futuro e continuarmos a merecer o voto de confiança de Angola e dos angolanos”, apela o partido no poder.

 

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