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ANE e Fundo de Estradas com problemas financeiros para grandes intervenções nas estradas

Na reunião da comissão provincial de estradas havida esta quinta-feira, o delegado da Administração Nacional de Estrada da Zambézia, Moisés Nunes, deu a conhecer que o sector esta a enfrentar problemas financeiros para viabilizar grandes intervenções no sector de estrada, uma situação ligada a actual conjuntura económica e financeira que afecta os cofres do estado.

Nunes explicou que os orçamentos da instituição baixaram de 164 milhões de meticais em 2017 para 162 milhões em 2018. Esta situação está a comprometer os trabalhos com qualidade, com destaque para manutenção periódica e reabilitação. Dado os danos que as estradas tem actualmente está a ser complicado fazer trabalhos em muitas vias propostas pelos administradores distritais. 

Outro constrangimento levantado pela ANE tem que ver com a permanente desmatação descontrolada e a prática da machamba feita nos leitos dos rios, que está a afectar o regime de escoamento das águas colocando em risco as estruturas de estrada. Outro sim, a falta de preservação de reserva de estrada esta a colocar em risco o futuro projecto de alargamento de estradas em mais de 25%.

"Algumas instituições do Estado tem estado a colocar as suas infraestruturas dentro da área de reserva de estrada. A população também coloca barracas e machambas nas referidas áreas e isso vai criar problemas assim que houver dinheiro para trabalhos de ampliação das estradas" disse o delegado da ANE.

Um dos problemas que vai criar segundo o responsável é que a população vai pedir pagamento e compensação que muitas vezes tem sido caras. Daí que o apelo para as estruturas locais é trabalhar com a população para não permitir tal cenário. O exemplo disso esta na curva do padeiro para quem sai de Quelimane para Nicoadala onde as machambas estão no aterro das estradas.  

   Dividas no fundo de estradas  
Até Dezembro do ano passado o Fundo de Estradas tinha uma dívida ao nível dos distritos das obras devidamente realizadas pelos empreiteiros na ordem de 26 milhões de meticais. Com pagamento paulatino que foi feito as referidas dívidas reduziram até 14 milhões.
                                       

 Reacção dos administradores e Tribunal Administrativo

Na ocasião o administrador do Chinde, Pedro Virgula, presente no encontro, lançou duras críticas em relação aos fiscais que segundo suas palavras não entram no seu distrito para avaliar os níveis de obras de estradas executadas pelos empreiteiros. "Eu estou num distrito longe de Quelimane, nunca vi nenhum fiscal mas as tabuletas fixadas nos locais de obras sempre indicam o fiscal, daí quero apelar a seriedade quanto a presença dos fiscais porque no fim do dia recebem valores públicos de trabalho que nem se quer fizeram".

Na ocasião Manuel Vicente, representante do Tribunal Administrativo da Zambézia, presente na reunião, referiu que dada as preocupações levantadas pelos administradores distritais no que refere a qualidade de obras executadas pelos empreiteiros, a instituição vai prestar maior atenção nos processos contratuais para que as questões técnicas e qualidade sejam devidamente executadas.    

 

 

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