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Anadarko “dá a mão” às empresas moçambicanas

O projecto de Gás Natural Liquefeito (LNG, sigla em inglês) liderado pela Anadarko vai apoiar empresas moçambicanas na obtenção de certificação em padrões/normas internacionais no negócio de hidrocarbonetos.

O auxílio desta petrolífera norte-americana visa aumentar a capacidade e competitividade das firmas moçambicanas para aceder às oportunidades oferecidas pelo projecto LNG e entre outras oportunidades de mercado.

Para o efeito, a Anadarko lançou recentemente uma manifestação de interesse que visa seleccionar empresas especializadas que vão ajudar na capacitação de empresas moçambicanas em requisitos de certificação e apoiar no desenvolvimento de sistemas e procedimentos necessários.

Steve Wilson, director-geral da Anadarko em Moçambique, afirmara em Agosto passado, em Pemba, que a empresa iria alocar fundos para o apoio à certificação das PME.

“Primeiro, avaliaremos as necessidades de certificação dos fornecedores locais, depois criaremos um fundo apropriado, estabeleceremos os critérios de acesso e o cronograma para os fornecedores terem acesso ao programa”, refere.

Acrescentando, que a multinacional pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável de Moçambique e ao mesmo tempo trazer benefícios para os accionistas. A aquisição local de bens e serviços é estratégica para a Anadarko, pois a substituição de importações de alto custo pode representar uma economia de custos significativa. 

“É também um importante catalisador para facilitar a criação de emprego para moçambicanos e para o crescimento económico do país. Estamos também a implementar iniciativas conjuntas do sector de petróleo e gás para desenvolver um sistema de registo de fornecedores e um código de práticas, bem como centros de negócios, para aumentar as oportunidades de negócios locais e desenvolver empresas moçambicanas”, aponta Steve Wilson, em comunicado enviado à nossa redacção.

Sublinhando, que a Anadarko espera investir cerca de 2,5 mil milhões de dólares americanos com empresas de propriedade moçambicana ou registadas em Moçambique ao longo dos cinco anos do período de construção da fábrica de LNG.

O projecto já contratou bens e serviços estimados em 850 milhões de dólares americanos nos últimos cinco anos.

O empreendimento será o primeiro projecto de LNG onshore em Moçambique, inicialmente composto por dois módulos de produção com capacidade total de 12,88 milhões de toneladas por ano (MTPA) para apoiar o desenvolvimento dos campos de Golfinho/Atum localizados exclusivamente na área 1 offshore.

Este projecto inicial abre o caminho para uma importante futura expansão até 50 MTPA. O Projecto Golfinho/Atum também fornecerá volumes iniciais de aproximadamente 100 milhões de pés cúbicos de gás natural por dia para uso doméstico em Moçambique. 

Refira-se, que a Anadarko Moçambique Área 1 Lda., uma subsidiária integral da Anadarko Petroleum Corporation, é a operadora da Área 1 offshore com uma participação de 26.5 por cento.

O co-emprendimento inclui a ENH Rovuma Área Um, S.A. (15 por cento), Mitsui E&P Mozambique Area1 Ltd. (20 por cento), ONGC Videsh Ltd. (10 por cento), Beas Rovuma Energy Mozambique Limited (10 por cento), BPRL Ventures Mozambique B.V. (10 por cento) e PTTEP Mozambique Area 1 Limited (8.5 por cento).

 

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