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Aulas arrancam com desafio no cumprimento das medidas contra à COVID-19

Foto: O País

As aulas presenciais arrancaram ontem em todo o país, após a interrupção por, praticamente, um ano. Em Nampula, os gestores escolares exortam o cumprimento à risca das medidas de prevenção da COVID-19, como um dos maiores desafios impostos.

Nampula, a província mais populosa do país, abriu as portas das escolas para as aulas presenciais, um ano depois de as ter encerrado por conta da pandemia da COVID-19.

Neste primeiro dia do ano lectivo 2021, os alunos do ensino primário fizeram-se logo cedo à escola. Numa ronda feita pelo “O País”, foi possível constatar que as crianças não são submetidas à medição da temperatura, a lavagem das mãos não é observada com rigor e o contacto corporal entre os alunos é inevitável. Alguns portam a máscara, mas outros, não.

“Estou muito feliz, porque vou ‘começar a escola’. O Coronavírus não vai nos deixar estudar bem, mas estou muito feliz”, disse Sheila Momade, aluna da 7ª classe.
Felizes estão, também, alguns pais e encarregados de educação que não suportavam ver os seus educandos sem estudar. “Estou feliz, porque, no ano passado, as crianças não estudaram”, manifestou-se Mussa Muachehe que tem três crianças a estudarem no ensino primário.

Mas entre o gostar e a realidade, há desafios que os gestores escolares sabem que deverão encarar e, no momento certo, encontrarem soluções, porque o Presidente da República avisou que haverá responsabilização dos que possibilitarem que os casos do novo Coronavírus possam disparar nas escolas.

O Director da Escola Secundária de Nampula, Albertino Luís, não escondeu o que considera ser o grande desafio. “O grande desafio é o cumprimento do protocolo sanitário. Muitas vezes, quando anunciamos aos nossos alunos medidas como o distanciamento social, mesmo sabendo da necessidade de lavagem das mãos, há um Calcanhar de Aquiles e, mesmo nas pessoas bem informadas, incluindo aquelas bem instruídas, temos tido muitos problemas nesse sentido”, afirmou o responsável.

“Temos que estar a gritar para que as pessoas lavem as mãos e, até em certos momentos, mesmo sabendo que temos termómetros na porta de entrada, vezes há em que não querem ser medidos a temperatura”, acrescenta.

O ano escolar abre com as novas características que mudam, por completo, a forma de ser e de estar. Cleide de Brito Langa, da 10ª classe, sabe que é preciso “usar sempre a máscara; andar com álcool gel; sempre que pegar algum objecto colocar álcool gel na mão e evitar partilhar as coisas”.

O ano lectivo 2021 conta com um efectivo de mais de 9 milhões de alunos e estudantes de todos os subsistemas de ensino.

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