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Alimentação escolar reduz número de desistência nas zonas rurais

Assinalou-se no dia 1 de Março  o Dia Africano de Alimentação Escolar, e para celebrar a data a organização não-governamental de Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP) organizou uma cerimónia, na Escola Primária de Mulelemane, em Magude, que contou com a participação da ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Conceita Sortane.

Sortane reafirmou a importância de se empreender esforços conjuntos no que tange ao investimento na alimentação escolar, pois os programas são fundamentais para superar as causas da insegurança alimentar e da desnutrição crónica.

“É importante empreender esforços conjuntos de investir em programas de alimentação escolar que possam trazer retorno económico para o desenvolvimento sustentável e de longo prazo, reflectindo especialmente na agricultura, nutrição, educação e resiliência da comunidade”, disse Sortane em comunicado enviado à nossa redacção.

 A ministra saudou a participação activa da ADPP, do PMA e outros parceiros pelo seu empenho na causa em prol das crianças e das comunidades.

A ADPP implementa o projecto de alimentação escolar em 271 escolas nos distritos da Moamba, Manhiça, Magude e Matutuíne, beneficiando diariamente cerca de 86 mil alunos.

Desde que se proclamou o Dia Africano da Alimentação em 2016, o projecto já distribuiu cerca de 26 milhões de refeições.

De acordo com a Directora Executiva da ADPP Moçambique, Birgit Holm, o impacto da Alimentação Escolar é de tamanha grandeza que, através da implementação do projecto houve um aumento significativo dos ingressos nas escolas, e finalização do ensino primário.

“Verifica-se a diversificação e enriquecimento da dieta alimentar através da introdução de alimentos com alto valor nutritivo, produzidos localmente nas hortas e machambas escolares”, explicou Holm.

Karin Manente, representante do Programa Mundial da Alimentação garantiu que a sua organização vai continuar a investir na alimentação escolar o que, como explica, constitui uma prioridade.

“Nos últimos 20 anos, a alimentação escolar impulsionou as matrículas, a frequência escolar e o desempenho escolar, bem como o acesso das raparigas à educação nas escolas primárias nas zonas rurais”, disse Manente.

O administrador do distrito de Magude, Lázaro Manuel Mbambamba, diz que um dos maiores ganhos do Projecto de Alimentação Escolar é a redução do número de desistências dos alunos no ensino primário.

O Dia Africano da Alimentação Escolar foi criado em Janeiro de 2018, depois que os chefes de Estado e de Governo, reunidos na 26ª Cimeira da União Africana, decidiram adoptar a alimentação escolar como estratégia continental para melhorar a frequência e o desempenho dos alunos nas escolas e promover a geração de renda e o empreendedorismo em  comunidades locais.

O dia Africano da Alimentação Escolar foi assinalado sob o lema “Investir na Alimentação Escolar, baseada nas compras locais para o alcance da fome zero e sustentabilidade da educação inclusiva incluindo os refugiados e pessoas deslocadas em África”.

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