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Alice Mabota diz que insurgentes são indivíduos sem políticas concretas

Foto: O País

A activista social, Alice Mabota, entende que não há perseguição de ceitas religiosas no país, apesar de o Governo, em alguns momentos, não conseguir distinguir terroristas dos religiosos. Mabota reagia assim ao relatório dos EUA sobre liberdade religiosa em Moçambique que aponta algumas fragilidades.

No entender da activista social, o Governo pode estar a mostrar que está “atrapalhado” ao perseguir qualquer pessoa que vê, porque “não sabe quem é quem”, referindo-se aos terroristas.

Entretanto, Mabota considera que alguns terroristas têm usado a capa da religião islâmica para cometer atrocidades, por isso questiona: “E a própria religião, onde é que se esquiva, para dizer ‘o governo está a nos perseguir’?”

Mabota procura entender ainda a fiabilidade das informações que constam do relatório dos EUA e argumenta: “quem escreveu esse relatório ouviu alguém que foi confundido com insurgentes, enquanto, na verdade, era religioso”.

Trata-se de um problema que, segundo explica, tem a ver com os métodos de investigação das autoridades moçambicanas. Aliás, a fonte afirma que o serviço de inteligência perdeu credibilidade.

“Não é dizer que estou a distanciar-me e ficar por aí. É fazer algo que demonstre que está distante. Contudo, estamos a debater, mas e os próprios muçulmanos? Quando é que houve um debate muito grande a dizerem ‘estamos a ser confundidos, vamos pôr os pontos nos ii’?”, perguntou.

Mabota diz que se os insurgentes fossem pessoas com ideologia islâmica, fariam o bem às populações, teriam tomado Cabo Delgado e governado sem resistência, já que a população está abandonada e vive sem serviços básicos.

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