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Agricultura mecanizada marca conferência de investidores em Dondo

Os debates da primeira conferência de investidores do município de Dondo, em Sofala, foram à volta da agricultura mecanizada e de irrigação no vale de Mandruzi, com mais de mil hectares para a produção comercial da cultura do arroz

O evento contou com a presença do empresariado nacional e representantes das instituições de ensino superior. Actualmente, em Mandruzi pratica-se agricultura de sequeiro, cujo rendimento por hectare é considerado relativamente muito baixo e espera-se que a conferência atraia investidores nacionais para a prática de uma agricultura mecanizada, com vista a garantir sustentabilidade do crescimento económico em Dondo.

O edil do município, Manuel Chaparica, afirmou que se pretende tornar o agro-processamento do arroz mais robusto, pois a cidade está no topo de produção ao nível da província de Sofala.

“Dondo, como segundo parque industrial em Sofala, depois da Beira, está disponível a acolher vários investimentos e tem extensas terras  para projectos de habitação, indústria, agro-pecuária, entre outros”, explicou Chaparica.

Contudo, os participantes exortaram a edilidade para eliminar as barreiras burocráticas e a corrupção, sob risco de afugentar investidores.

Ricardo Cunhaque, presidente do Conselho Empresarial de Sofala, referiu que é importante que o município “tome estas medidas urgentes para que o empresário se sinta atraído e confortável em aplicar os seus investimentos”.

Para as instituições do ensino superior, o mais importante é garantir vocações profissionais e maturidade no que se deve investir para garantir o retorno.

De acordo com Júlio Taimira, vice-reitor do Instituto Superior e Tecnologias Alberto Chipande, “surge assim a necessidade de desenvolvimento de carreiras, com objectivo de apoiar as visões que temos na perspectiva de aprimorar competências centrais que vão garantir o sucesso dos investimentos”.

A secretária de Estado em Sofala defendeu uma interligação entre diferentes sectores para garantir que futuros investimentos tragam resultados esperados no Dondo.

“Temos que compreender que nenhuma acção poderá evoluir se a cadeia de conexões não estiver bem-feita. Não haverá nenhuma evolução se ao nível da base não houver compreensão da filosofia e cada um estar a pensar em interesses individuais”, alertou Stela Zeca.

Na sequência da conferência em referência, serão assinados, brevemente, quatro memorandos de entendimentos, entre a Autarquia do Dondo e investidores, nos domínios de agro-pecuária, infância, comércio e instalação de porto seco.

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