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África do Sul busca 95 biliões de rands para combater COVID-19

O governo sul-africano diz que vai fazer de tudo para conter a pandemia do Coronavírus. Para o efeito, pondera contrair empréstimos monetários dos credores internacionais.

Africa do Sul está em busca de 95 biliões de rands, equivalente a 4.99 biliões de dólares, dos credores multilaterais de modo a combater a pandemia da COVID-19, segundo o funcionário de Tesoureiro.

A economia mais avançada de África está em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, Novo Banco de Desenvolvimento de BRICS e o Banco de Desenvolvimento Africano para obter o financiamento do pacote de resgate de 500 biliões de dólares destinado a cobrir o impacto do novo coronavírus em empresas e famílias pobres.

O FMI garante que a África do Sul está legível para um empréstimo de 4.2 biliões de dólares em resposta a crise. O Ministro das Finanças, Tito Mboweni, disse na sexta-feira passada que o governo poderia negociar um valor entre 55 milhões e 60 milhões de dólares.

Dondo Mogajane, director-geral do Tesouro Nacional, disse numa entrevista com a televisão eNCA que África do Sul vai apostar no financiamento do FMI.

“O Banco Mundial disse que África do Sul pode aceder a um empréstimo de cerca de 50 milhões de dólares, o Novo Banco de Desenvolvimento já havia anunciado que tem biliões de dólares disponíveis para Africa do Sul”, disse Mogajane.

“Com todas estas intervenções, esperamos actualmente conseguir 95 biliões de rands vindo dessas instituições para combate à COVID-19”, disse.

Mogajane acrescentou que o governo tem de fazer tudo quanto necessário para assegurar a contenção do vírus, incluindo a revisão de projectos prioritários e fontes monetárias mais fáceis.

“Reitero a questão de fontes financeiras mais fáceis, pois as discussões actuais com os credores centram-se em taxas de juros”, disse Mogajane.

“O FMI promete 1% de taxa de juros, por isso, estamos mais propensos a apostar nele”.

Mboweni minimizou na sexta-feira as preocupações em alguns círculos partidários do governo e dentro do influente movimento sindical de que o dinheiro viria com condições árduas.

Um oficial do FMI disse a Reuters que os fundos de emergência disponíveis não incluem condições de programas estruturais de ajuste.

A economia sul-africana já estava em recessão, quando o vírus atingiu o país.

 

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