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África do Sul acolhe hoje 2ª conferência internacional do Mozefo

O Fórum Económico e Social de Moçambique (Mozefo) realiza, hoje, em Sandton, arredores de Joanesburgo, África do Sul, a segunda conferência internacional, depois de, há um ano, ter realizado em Cascais, Portugal.

A conferência subordina-se ao tema “Moçambique-África do Sul: construindo pontes para o desenvolvimento económico” e deverá ter como oradores o ministro sul-africano da Indústria e Comércio, Rob Davies, que viveu em Moçambique no tempo do apartheid; o alto-comissário de Moçambique na África do Sul, Paulino Macaringue; e o Presidente do Conselho de Administração do grupo Soico, Daniel David.

O fórum contará com um painel de debates, que terá como oradores principais o presidente da Comissão Executiva do Millennium bim, José Reino da Costa, e o economista e antigo director-geral do extinto Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado, Danilo Nalá. O painel será composto, igualmente, por Osório Lucas, presidente da Comissão Executiva do Porto de Maputo; Rui Barros, presidente da Comissão Executiva do Barclays; Osvaldo Correia, coordenador do Projecto de Paragem Única na Fronteira de Ressano Garcia, e Nuno Vaz, membro da Comissão Executiva do Millennium bim.

Haverá, também, uma sessão de perguntas e respostas com a directora regional para África do Corporate e Investimento Bancário do Barclays, Saviour Chibiya, e as notas de encerramento estarão a cargo do alto-comissário da República da África do Sul em Moçambique, Mandisi Mpahlwa.

Espera-se a presença de mais de 120 investidores sul-africanos e moçambicanos e que a conferência produza propostas e recomendações para o aprofundamento e crescimento das relações bilaterais entre Moçambique e África do Sul, de modo a promover-se o crescimento económico de ambas as nações.

Segundo Cristiana Pereira, directora do Mozefo, é também objectivo da iniciativa aproximar o país dos investidores e mostrar um outro lado de Moçambique, dinâmico, competitivo e inserido numa economia global, tendo em conta a importância estratégica que África do Sul tem para o crescimento sustentável de Moçambique. Por outro lado, “há que esclarecer as perspectivas económicas até ao final do ano, apresentar algumas oportunidades de investimento e, depois, olhar para quais é que são as medidas que podem ser tomadas para aprofundar essa relação comercial e económica” disse.

De acordo com Cristiana Pereira, o evento está muito direccionado aos CEO de grandes empresas sediadas na África do Sul de diversos sectores, que incluem energia, logística, infra-estruturas, retalho, turismo, entre outros sectores importantes para o crescimento de Moçambique.

Recorde-se que as relações comerciais entre Moçambique e África do Sul remontam desde a época colonial, altura em que o país exportava mão-de-obra para as minas sul-africanas, passando pela época do apoio do nosso país à luta contra o Apartheid, que resultou em sacrifícios relevantes para os moçambicanos. Na fase pós-Apartheid, as trocas comerciais entre os dois países conheceram um novo ímpeto, com Moçambique a constituir um dos principais mercados para os produtos sul-africanos, mas também destino de grandes investimentos empresariais sul-africanos, o que tem colocado aquele país como um dos principais investidores em Moçambique. Aliás, operam no nosso país mais de 300 empresas sul-africanas, em diversos sectores da economia.

Ao nível político e diplomático, os dois Estados têm rubricados mais de 60 acordos e memorandos de entendimento, nas áreas de energia, trabalho e segurança social, política, mineração, defesa e segurança, entre outros.

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