A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) não concorda com a possibilidade de transformar o prémio literário José Craveirinha em galardão internacional. Entretanto defende a criação de um prémio de âmbito universal.
Falando durante uma entrevista ao jornal O País, no dia 29 de janeiro do ano corrente, Zeca Craveirinha, filho do poeta, disse que é preciso transformar o “Prémio Literário José Craveirinha” em galardão internacional, como homenagem ao seu pai. Uma posição que também veio a ser assumida pela Fundação José Craveirinha, que o mesmo dirige.
O País ouviu, por sua vez, na última segunda-feira, o Secretario Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos, que diverge com a ideia, e diz que deve se criar um prémio de caracter internacional porque segundo Carlos Paradona, haveria um vazio no reconhecimento dos escritores Moçambicanos.
“Não me parece que seja certo a transformação de um prémio meramente nacional, para o reconhecimento da carreira literária daqueles que durante vários anos, passaram noites sem fim, a dedicar essa literatura”.
Não concorda com a transformação, mas assume a ideia de se criar um galardão de literatura para o reconhecimento internacional. “A associação dos escritores moçambicanos são por uma criação de um prémio internacional de José Craveirinha”, disse Carlos Paradona, Secretário-geral da AEMO.
Trata-se do maior prémio de Literatura que é atribuído aos escritores moçambicanos em homenagem a José Craveirinha, que se fosse vivo completaria 100 anos de idade em Maio.