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Acidentes de trabalho custam cerca de 4% do PIB mundial

Foto: MTSS

Falando na abertura da conferência alusiva à celebração do “Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho”, que se assinalou esta quinta-feira, 28 de Abril, sob o lema “Agir em conjunto para construir uma cultura de segurança e saúde positiva”, a ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, disse que a questão da segurança e saúde no trabalho ainda é um enorme desafio para os Governos a nível global e, especialmente, para Moçambique.

No entanto, a governante acredita que, com esforços conjuntos, envolvendo o Governo, os empregadores e os trabalhadores, o país poderá garantir o desenvolvimento pleno de uma cultura de segurança e saúde no trabalho.

“Aliás, este fórum é um dos mecanismos através do qual pretendemos elevar a consciência dos empregadores e trabalhadores sobre a importância da promoção da segurança e saúde no trabalho, tanto para o empregador, quanto para o trabalhador, assim como para toda a sociedade”, afirmou Talapa.

Segundo a ministra, as estimativas da Organização Internacional do Trabalho indicam que os acidentes de trabalho custam cerca de 4% do PIB mundial, em termos de dias perdidos, gastos com saúde, pensões, reabilitação e reintegração dos trabalhadores no mundo social e laboral.

“Como podemos notar, o custo para a reparação dos danos aos trabalhadores acidentados e os que contraem doenças ocupacionais é extremamente alto, daí que exortamos, de forma reiterada, para que continuemos a investir e multiplicar em acções de prevenção tanto dos acidentes, quanto nas doenças ocupacionais”, enfatizou a governante, reforçando que o ministério que dirige recebe, em média anual, 525 notificações sobre a ocorrência de acidentes de trabalho. E, no ano passado, a instituição recebeu a comunicação da ocorrência de mais de 600 acidentes de trabalho em 325 empresas, os quais resultaram em 22 mortes, 471 casos de incapacidade temporária, 91 casos de incapacidade permanente parcial e 18 casos de incapacidade permanente total.

Contudo, segundo a ministra, os números acima apresentados estão muito longe de corresponder à realidade, o que quer dizer que ainda há um longo caminho a percorrer para o país assegurar que todos os trabalhadores usufruam dos respectivos direitos.

“É tempo de termos consciência de que, para além do trabalhador exposto aos diferentes riscos profissionais, os seus dependentes que, em consequência dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais vitimam os seus entes queridos, vêm os seus sonhos serem interrompidos, por não mais poderem contar com o apoio daquele que sustenta a família”, exortou.

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