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A protecção das crianças como investimento no futuro de toda a sociedade

As crianças representam, em qualquer sociedade, uma reserva preciosa que inspira os líderes a investir no futuro. Nelas está plasmado o futuro de um país, o país concreto. As crianças são a face de Moçambique de hoje, como também de amanhã. É impossível deixar de lado os destinos destes moçambicanos a quem irá confiar-se o futuro de todos.

Mas este futuro já está presente nos dias de hoje. De acordo com dados fornecidos pelo UNICEF, as crianças moçambicanas representam cerca de 52 por cento da população total do país. Isto significa que estes petizes ultrapassam já os 12 milhões de cidadãos. Pessoas que representam o futuro real de Moçambique e que amanhã irão liderar os destinos e dar continuidade ao que outras gerações fizeram anteriormente.

Quando se pensa em futuro económico e social das nações, muitas vezes, não se tem em conta as camadas mais novas das sociedades. Mas é precisamente aí que se joga tudo o que a geração actual está a fazer neste momento. Falar de futuro significa, logo à partida, falar de pessoas concretas, com identidade individual e com histórias de vida distintas.

Os problemas que ameaçam, agora, as crianças são diversos e de naturezas distintas, mas podem afectar de forma altamente destrutiva todo o processo de desenvolvimento do indivíduo e da sociedade no seu conjunto. Fenómenos como a desnutrição, a falta de cuidados de saúde, a violência física e psicológica (bullying), o abuso sexual, só para citar algumas.

Pegando em apenas um destes males que ameaçam as crianças, é urgente quebrar o ciclo destrutivo da desnutrição infantil para garantir o futuro. A desnutrição é, por si só, um dos maiores entraves ao desenvolvimento de uma sociedade e de um país como um todo. Qualquer esforço de crescimento económico deverá resultar numa redução consistente de um problema que, infelizmente, continua a ser um flagelo difícil de contrariar no dia-a-dia de milhares de moçambicanos.

De acordo com UNICEF, mais de duas em cada cinco crianças, com menos de cinco anos, sofrem de desnutrição crónica, no país. Ou seja, 43 por cento dos moçambicanos, que farão parte da próxima geração e que é o futuro do país, sofre de um problema concreto e que precisa de medidas urgentes para ser erradicado.

Uma boa nutrição é um direito básico da criança. Esta é uma questão central para todo o processo de desenvolvimento de Moçambique. A aposta no combate à desnutrição infantil deverá ser uma prioridade central de políticas públicas, mas também da sociedade como um todo. Apenas construindo pontes e parcerias se poderá erradicar este problema no futuro.

Este é um tema transversal a todo o país e o MOZEFO não poderia deixar de lado a questão da inclusão das crianças. No tratamento que a geração e os líderes actuais derem às crianças de hoje, joga-se o destino que o país terá amanhã. Falar de futuro é falar dos moçambicanos que já estão a preparar os sucessos de toda a sociedade, de forma inclusiva e sem colocar de parte ninguém.

Nestas crianças, que liderarão o futuro, também se jogará o que aí virá de várias gerações de moçambicanos. É com os olhos postos nesse futuro – concreto, inclusivo e com pessoas – que o MOZEFO reunirá, nos dias 22, 23 e 24 de Novembro, diversas personalidades nacionais e internacionais, para juntos projectar o desenvolvimento sustentável da sociedade moçambicana como um todo.

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