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Fim à vista para passagem “penosa” pela OUA, na Cidade de Maputo

Foto: O País

Armando Banze, chapeiro na rota Zimpeto-Baixa, que usa diariamente a avenida da Organização das Nações Unidas (OUA) para entrar e sair da baixa da Cidade de Maputo, diz que usar a via não era fácil, pois, num troço de 700 metros, fazia em 15 minutos, e a suspensão do carro sempre ia abaixo, por conta dos buracos que a via apresenta e que, na mesma proporção, aumentam em número e profundidade. Mas o “sofrimento” pode chegar ao fim em 45 dias, com a reabilitação da via que se iniciou esta terça-feira.

Trata-se de uma obra orçada em cerca de 18 milhões de Meticais, da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMME), numa extensão de cerca de 900 metros.

Segundo o presidente do Conselho de Administração (PCA) da EMME, João Ruas, o trabalho iniciou-se com a reabilitação da Avenida das Estâncias, responsável pelo escoamento das viaturas que saem da baixa da cidade e passam pela avenida 25 de Setembro e, assim, permitir que a OUA receba apenas viaturas que entram na cidade.

“Tomamos a decisão de fazer um pavimento em betão armado, completamente novo e esse pavimento, de acordo com as especificações técnicas e com as normas de construção, é um pavimento que pode durar 20 ou mesmo 25 anos, sem manutenção”, explicou João Ruas.

A espessura média do pavimento é de 12 centímetros. Segundo avançou, antes de se encher com betão, foi necessário desentupir e limpar as sarjetas e os sistemas de drenagem.

Disse ainda que a opção de intervencionar a estrada, colocando betão armado e não tapar buracos, se deve ao facto de o Município de Maputo ter percebido que a segunda alternativa para esta via não seria eficaz, dado o nível de degradação.

“Um mês depois, os buracos ressurgiriam e sairiam muito mais caros, para além de criar transtornos aos munícipes. Não vamos parar e, assim que tivermos mais fundos, vamos passar para outras avenidas da cidade e, assim, proporcionar qualidade na mobilidade dos automobilistas”, prometeu.

Os beneficiários esperam, com a conclusão das obras, o fim do sofrimento para entrar ou sair da cidade, mas querem mais, conforme disse ao “O País”, Arménio Naiene. O condutor defende que, mesmo com a reabilitação daquela estrada, o Município de Maputo deve intervencionar sempre que for necessário e não deixar que fique degradada, como aconteceu antes.

“É bom ver que as nossas taxas estão a surtir efeito. Assim, não teremos mais problemas em pagar, porque estaremos a circular em vias com boas condições. O próximo passo é reabilitar outras avenidas, como a Karl Marx, a Olaf Palm, Ho Chi Min, e tantas outras que estão no centro da cidade”, sugeriu Arménio Naiene.

A obra é da EMME – foi quem fez e assinou o contrato e que está a pagar –, entretanto, assim que for concluída, será passada ao Município de Maputo.

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