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Dezenas de transportadores semi-colectivos de passageiros paralisaram as actividades no município da Matola, esta quinta-feira. Em causa estão as condições precárias das vias de acesso. 

São transportadores que fazem as rotas Liberdade e Machava-Socimol com destino à baixa da Cidade de Maputo e Museu, que levaram as suas viaturas às ruas não para trabalhar, mas para reivindicar. 

O cruzamento da Casa Branca foi o local escolhido para perfilar todas as suas viaturas e não transportar nenhum passageiro. Enquanto isso, exigiam melhores condições das vias de acesso. 

O Nó da Machava, também conhecido por cruzamento da Casa Branca, é para os transportadores uma das piores vias. “A estrada já não nos ajuda. Antes mesmo de chegar à zona das Bananeiras, a estrada dividiu-se ao meio. Se amanhã acontecer algum acidente seremos acusados de conduzir mal ”, lamentou Francisco Languene. 

Os transportadores queixaram-se do não cumprimento das receitas, devido às horas perdidas no congestionamento.

“A partir das 14 horas os carros já não andam. Praticamente já não conseguimos fechar as receitas, só trabalhamos porque em fim, mas não conseguimos dar aos nossos patrões o dinheiro combinado e nos metemos em problemas”. 

Lino Massingue, outro transportador, falou também de danos mecânicos  avultados as suas viaturas, devido aos buracos. 

“Decidimos nos concentrar aqui para pedir a quem de direito que nos ajude porque não tem sido fácil fazer o nosso trabalho. Entramos em ruas que não nos ajudam e os carros começam a ter problemas de amortecedores, barras de direcção, então pedimos que reparem a estrada porque é um direito nosso”. 

A Associação dos Transportadores Rodoviários de Maputo, ATROMAP, garante que os problemas serão resolvidos. 

“Já entramos em coordenação e as obras irão arrancar em breve.  Ainda esta quinta-feira, a Administração Nacional de Estradas poderá enviar um comunicado de imprensa informando a data e a hora do arranque dos trabalhos de reabilitação da via  ”, explicou Jorge Manhiça, representante da ATROMAP.  

Enquanto isso, os passageiros aguardavam há horas nos terminais de transporte, sem qualquer informação. 

“O que mais posso fazer? Estava a ir à igreja, mas tenho que voltar. Sai de casa sem saber de nada, mas os chapas não circulam tenho que regressar”,  

Sobre o assunto, a nossa equipa de reportagem contactou a edilidade do município da Matola, que mostrou indisponibilidade para falar sobre o assunto. 

Entretanto, o  “O País” sabe que existe uma via provisória que poderá ser usada para ter acesso aos terminais de passageiros.  

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O recenseamento eleitoral em Quissanga, Cabo Delgado, iniciou esta quinta-feira, depois de o arranque ter falhado ontem por falta de condições administrativas provocadas pelo terrorismo e mau tempo naquela localidade.

Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, garantiu que as condições de segurança necessárias já estão criadas. “Devido a questões logísticas, trata-se de uma logística extremamente complexa, não foi possível o recenseamento arrancar ontem. Primeiro era preciso colocar policias e depois trazer as brigadas juntamente com os polícias que vão fisicamente guarnecer os brigadistas e os equipamentos”, explicou.

Cuinica disse também, que até às 19:00h de quarta-feira, pelo menos 13 brigadas, das 15 previstas, já tinham sido instaladas no distrito de Quissanga, faltando a instalação das brigadas nas ilhas de Mefunvo e Arimba, que ainda esperam pela polícia lacustre e fluvial para fazer a escolta.

“Hoje as 13 brigadas instaladas arrancaram com o processo de registo e prevemos que este processo vá até ao dia 15, conforme a determinação do Conselho de Ministros e está prevista a inscrição de 28.930 eleitores naquela localidade”  acrescentou.

O limite para o fim do recenseamento eleitoral em Tanzânia foi estendido até 5 de maio devido ao atraso de 9 dias para a chegada do equipamento, naquele país.

O processo de recenseamento em Quissanga irá decorrer até 15 de Maio, num contexto em que este já foi concluído no resto do país. Órgãos eleitorais fazem balanço positivo de todo o processo: “O processo eleitoral decorreu de forma satisfatória em todo território nacional, pois para o ano de 2024 foram recenseados o número de eleitores. A CNE em todo Moçambique, desde 15 de março a 28 de abril, mais de 7,6 milhões de eleitores”, avançou Cuinica. O que significa que foram inscritos para as eleições gerais de 09 de outubro, cerca 102,30% do total previsto.

Com o arranque do processo de submissão de candidaturas para as eleições presidenciais, até esta quinta-feira, a CNE já conta com 14 partidos políticos inscritos, com previsão de aumento do número nos próximos dias.

O Movimento Democrático de Moçambique diz que o último aumento do salário mínimo é um insulto aos trabalhadores. O MDM desafia o Governo e o empresariado nacional a fixar o salário mínimo em 16 mil meticais.

O Movimento Democrático de Moçambique chamou a imprensa, esta quinta-feira, para, dentre os vários assuntos, manifestar o seu descontentamento com o último reajuste do salário mínimo nacional.

“O MDM está, completamente, entristecido e envergonhado com o último aumento fixado pelo Governo de cerca de 150 Meticais, um insulto às famílias moçambicanas. Para o MDM, o salário mínimo justo é aquele que satisfaz é aquele que satisfaz as mais básicas necessidades dos trabalhadores e das suas famílias, garantindo que nada lhes falte, nomeadamente, o transporte, a saúde, a educação e uma cesta básica que garanta dieta equilibrada no dia-a-dia”, disse Ismael Nhacucue, porta-voz o Movimento Democrático de Moçambique.

E para que tal seja possível, a terceira maior força política do país avança com propostas. “O MDM quer desafiar o Governo e a classe empresarial moçambicana a fixar o salário mínimo nacional no valor mínimo de 16 mil Meticais, que embora não satisfaça as necessidades da sociedade, mas estamos convictos que vai atenuar o custo de vida que tende a crescer”, propôs Ismael Nhacucue.

O MDM aponta, igualmente, saídas para que o salário mínimo corresponda ao actual custo de vida no país.

“A intransigência do Governo resulta do facto de os vários políticos nacionais serem a elite econômica deste país e não estão confortáveis com o aumento significativo do salário mínimo nacional e com o bem-estar dos trabalhadores e das suas famílias, Urge eliminar este problema de os políticos terem uma influência significativa na economia nacional. É preciso separar a economia da política e permitir que a Comissão Consultiva do Trabalho tenha, de facto, um papel importante na discussão entre os trabalhadores e a classe dos empresários”, referiu o porta-voz do MDM.

O partido do “galo” solidariza-se com os profissionais de saúde em greve e apela para que garantam os serviços mínimos à população e com os professores que, apesar das queixas, pede que continuem a educação a nação.

Israel reabriu a passagem para entrada de mais ajuda no norte da Faixa de Gaza. O propósito é mitigar os impactos da considerada maior crise humanitária do mundo, que afecta cerca de 1,1 milhão de pessoas.

Com a abertura da via terrestre de Erez, nesta quinta-feira, começaram a chegar da Jordânia, camiões carregados de productos alimentares, que partem da Jordânia, e segundo as autoridades israelitas vão continuar a chegar todos os dias.

A considerar que ainda não houve sinais concretos para as negociações de paz, é uma atitude positiva, que aliás, constitui uma resposta a preocupação que diversas autoridades e organizações têm alertado há semanas, sobre a chamada “catástrofe humanitária”.

Outro dado positivo é que os Estados Unidos, também prometeram esforços maxímos garantir que toda ajuda seja distribuída dentro de Gaza sem impedimentos do Hamas.

Desde 7 de outubro que Hamas não aceita o acordo mediado pelo Egito, que prevê suspensão temporária das hostilidades, libertação de 33 reféns israelitas, considerados primeiros grandes passos para o cessar-fogo permanente.

 

Subiu de 46 para 181 o número de mortes causadas pelas inundações no Quênia. Há outras 195 mil pessoas deslocadas. As autoridades falam de aumento da fome com mais vítimas a necessitarem de ajuda humanitária.

Das 181 pessoas mortas até esta quinta-feira, devido às inundações no Quênia, cerca de 20 são crianças.

Segundo o balanço mais recente feito pelo Governo, há pelo menos 90 pessoas desaparecidas.

Nas últimas 24 horas, 10 corpos foram recuperados e 20 pessoas foram dadas como desaparecidas.

As inundações no Quénia já afectaram mais de 30 mil casas, obrigando ao deslocamento de 195 mil pessoas.

As operações de ajuda em zonas mais afectadas ainda estão em curso, com a distribuição de alimentos às pessoas que tiveram de abandonar as suas casas.

Entretanto, um relatório da Autoridade Nacional de Gestão da Seca refere que a situação agravou a falta de comida naquele país, levando quase dois milhões de quenianos a necessitarem de ajuda alimentar.

As inundações no Quênia registam-se desde o mês de Março. De acordo com o departamento de Meteorologia, as chuvas e tempestades vão continuar pelo menos mais uma semana.

A dupla moçambicana de vólei de praia composta por José Mondlane e Osvaldo Mungoi está a intensificar a preparação, tendo em vista a participação na última janela, no México, de qualificação para os Jogos Olímpicos.

A dupla, que se encontra no Brasil a observar um estágio, antes dessa importante etapa rumo às olimpíadas, participou e venceu a primeira etapa do circuito de voleibol de praia, que teve lugar no Pezão Beach Spor Club de Ribeirão Preto, no país sul-americano.

O circuito serviu para medir o nível de preparação e assimilação dos aspectos técnicos. Ainda no quadro de preparação, a dupla moçambicana realizou seis jogos de controlo num único dia diante de adversários locais, tendo saído vitorioso.

José Mondlane e Osvaldo Mungoi impuseram uma derrota à formação brasileira por 2-0, parciais 21/18 e 21/19.

O selecionador nacional de vólei de praia, Alexandre Pontel, faz uma avaliação positiva do desempenho da dupla nessa primeira etapa de preparação.

“Estamos a poucos dias aqui, mas já participamos num campeonato onde realizámos seis jogos e os atletas estão ainda na fase de adaptação. Ainda assim, conseguimos rapidamente nos integrar às dinâmicas dos jogos”, disse Alexandre Pontel, ajuntando que, “além dos jogos temos feito trabalhos de análises das partidas e assistimos videos motivacionais.”

Por sua vez, a dupla fala de outro nível de preparação que é mais exigente. “Está a ser uma boa experiência. Na primeira etapa deparamos-nos com boas duplas que nos impuseram um outro nível de dificuldades pela experiência que eles têm, mas trabalhamos e vencemos os nossos primeiros jogos e cada dia vamos melhorando o nosso nível”, anotou José Mondlane.

 

 

O Reino Unido deportou, segunda-feira, o primeiro dos 5.700 requerentes de asilo para o Ruanda, em troca de 3000 libras, 237450.00 meticais, no câmbio actual. A informação não foi confirmada pelo Ministério do Interior Britânico, contudo, segundo  o Notícias ao Minuto, a revelação foi feita por fontes governamentais.

O deportado, que por sinal é africano, é parte do programa voluntário para imigrantes a quem foi recusado asilo. Segundo relatos da comunicação social britânica, o mesmo terá concordado em ser deportado para o Ruanda depois do seu pedido de asilo ter sido rejeitado no final do ano passado.

Em contacto com a agência France-Presse (AFP), o Ministério do Interior apenas explicou que a medida vai benificiar a todos imigrantes ilegais no Reino Unido, que no Ruanda poderão ter proteção e direito a um recomeço como cidadãos.

“Agora podemos enviar requerentes de asilo para o Ruanda como parte da nossa parceria para a migração e o desenvolvimento económico. Este acordo permite que pessoas sem estatuto de imigração no Reino Unido sejam realocadas para um terceiro país seguro, onde serão ajudadas a reconstruir as suas vidas, destacou um porta-voz do governo brtitânico.

A medida é tomada na sequência do plano do Governo britânico, que permite deportar requerentes de asilo para o Rwanda, assinado na quinta-feira última pelo rei Carlos III, permitindo a organização dos voos de repatriamento, ainda que pendentes de possíveis recursos judiciais.

Os salários baixos dos jornalistas não devem ser justificação para falta de ética, defende Mia  Couto. O apelo foi lançado em debate, que juntou grandes referências do jornalismo moçambicano, entre eles: Jeremias Langa, Rogério Sitoe, Maria Cremilde e Tomás Vieira Mário.

O jornalista moçambicano debate-se com problemas financeiros devido à baixa remuneração salarial, à  falta de recursos nos órgãos de comunicação em que se insere, e a pobreza do país, factores que colocam numa situação de vulnerabilidade aos subornos, o que vai contra os princípios éticos da profissão.

Segundo Mia Couto, nenhum destes argumentos devem ser usados para atropelar a ética e, se assim for, outros profissionais também têm a mesma legitimidade. 

“Com o baixo salário, como se pode pedir ao jornalista que tenha ética?, a resposta colectiva é: se for esse o grande argumento, como é que se pode pedir a um polícia que não seja corrupto, porque também tem baixo salário?, como é que se pode pedir ao professor para que não venda provas aos seus alunos?, eu vou usar a colocação do Tomás Vieira Mário, todo esses já eram corruptos antes mesmo de lhes aparecerem oportunidades”, reflectiu.

Rogério Sitoe, concordou e advertiu que não se deve usar a pobreza como justificação para a falta de ética jornalística. “A pobreza torna as pessoas vulneráveis e passíveis de fazerem coisas que não devem ser feitas, mas por si só, não basta, há um conjunto de problemas associados que teremos de resolver”, reforçou. 

A resolução do problema da ética jornalística não passa apenas por educar o jornalista, mas à toda a sociedade, “que é resultado de toda esta grande família que se chama Moçambique”, e, nas palavras de Mia, “o jornalismo não é uma ilha, é preciso que toda a sociedade seja o exemplo do exercício da ética, o que começa por aqueles que devem dar o exemplo, supondo que Moçambique é uma casa e todos somos uma família e é preciso que aqueles que são os nossos pais tenham a capacidade de se tornarem exemplo”,  disse escritor e jornalista.

Não discordante, Sitoe foi pelo mesmo caminho e reforçou que não há outro caminho, senão uma resolução conjunta. “Não há outro caminho se não houver organizações estruturadas da sociedade para discutirem estes assuntos e outros ligados à ética”.

Subordinado ao tema: Jornalismo na Era da Internet, o debate que juntou profissionais da comunicação, foi realizado na primeira escola de Jornalismo do país, a Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, e serviu para lançar apelo para que o jornalista, além de se dedicar em resolver os problemas da sociedade, deve participar activamente na resolução dos seus.

Os Estados Unidos da América não concordam que se faça uma investigação do conflito na Faixa de Gaza pelo Tribunal Penal Internacional. Os EUA dizem que o TPI não é competente nesta matéria. 

A Porta-voz da Casa Branca reagiu hoje à eventual emissão de mandados de captura em nome de dirigentes israelitas. Karine Jean-Pierre disse que para os EUA o TPI não tem competências para 

Segundo a imprensa internacional, Benjamin Netanyahu pediu ajuda ao presidente dos EUA, Joe Biden, durante uma ligação telefônica, para impedir a emissão daqueles mandados de captura.

Estes mandados poderiam visar o próprio Netanyahu, bem como o ministro da Defesa e o chefe de Estado-Maior.

Em 26 de abril, Netanyahu escreveu nas redes sociais que “a ameaça de deter militares e dirigentes da única democracia no Médio Oriente e do único Estado judaico no mundo era escandalosa” e criaria um “precedente perigoso”.

Quarenta e seis pessoas, entre elas 17 crianças,  perderam a vida vítimas de colapso de uma barragem em Nairobi, capital do Quenia. O caso foi motivado pelas chuvas que caem torrencialmente. 

As chuvas continuam a fazer vítimas no Quénia, e, nesta segunda-feira ,46 pessoas perderam a vida na sequência do colapso de uma barragem nas margens do Old  Kijabe em uma cidade a noroeste de Nairóbi.

Segundo disse à agência de informação AFP, a responsável pelas operações de resgate no condado de Nkuru, Joyce Ncece, entre as vítimas, há 29 adultos e 17 crianças.

Com este incidente, o número de vítimas mortais provocadas pelas chuvas fortes e inundações eleva-se para mais de 140, a contar desde Março último.

As autoridades temem que o número de vítimas venha a aumentar à medida que prosseguem as buscas.

O governo do Quénia informou que as barragens estão cheias até ao limite, algo que poderá levar a cheias a jusante. O ministério da educação decidiu prorrogar por mais uma semana a interdição das aulas nas escolas.

Em outro incidente, a Cruz Vermelha queniana anunciou nesta segunda-feira que recuperou dois corpos depois que uma embarcação que transportava 23 pessoas naufragou no rio Tana, no leste do país.

As inundações alagaram estradas e bairros inteiros, provocando o deslocamento de mais de 130 mil pessoas no país, muitas delas em Nairóbi, segundo os dados oficiais publicados no sábado.

As chuvas também provocaram danos consideráveis na vizinha Tanzânia, onde pelo menos 155 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra.

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