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Alguns  deslocados devido ao terrorismo, em Cabo Delgado, continuam preocupados com o conflito de terra nas aldeias de reassentamento onde tentam recomecar a vida, depois de terem perdido quase tudo nas zonas de origem

“Este ano abri machamba numa área que havia sido emprestada pelos nativos da aldeia, mas depois veio o dono que, além de queimar  todos produtos, colocou produtos químicos”, queixou-se Mastaba Salimo, um deslocado da aldeia de reassentamento de Naminaue, no distrito de Metuge.

A situação é considerada crítica e os deslocados pedem intervenção das autoridades para resolver o problema que está a agravar a situação humanitária nas zonas seguras.

“Não estamos a produzir por falta de terras e o pior de tudo é que a ajuda humanitária parou desde Outubro do ano passado. Assim, estamos mal com fome e se não voltamos a casa, é só porque a guerra ainda não terminou”, lamentou Tair.

O problema de conflitos de terra nas aldeias de reassentamento foi levantado pelos deslocados durante uma visita do bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique que, na ocasião, prometeu ajuda jurídica para resolver ou pelo menos minimizar os conflitos de terra e outros problemas que põem em causa os direitos humanos.

“Estamos com pessoas carentes e extremamente  vulneráveis, então, vamos abordar as nossas instituições e com os poderes constituídos para ver como mitigar isso”, disse.

Em Cabo Delgado, além de se reunir com deslocados da aldeia de reassentamento de Naminaue, o bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique manteve encontros com o Procurador chefe e o juiz presidente do Tribunal  Judicial da província.

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O Centro Cultural Português em Maputo será, às 14h30 desta sexta-feira, o palco da Grande Final da 21.ª edição do Prémio Eloquência Camões.

Este ano, o Prémio Eloquência Camões atraiu a participação de 47 estudantes de diversas universidades e cursos. Após uma rigorosa avaliação dos textos submetidos, baseada na originalidade argumentativa e retórica, o júri seleccionou os 10 finalistas que agora se preparam para a Grande Final.

Entre os dias 29 de Abril e 02 e esta quinta-feira, os finalistas terão a oportunidade de participar numa Oficina de Oralidade, sob a orientação da conceituada actriz Ana Magaia.

A oficina focar-se-á no aperfeiçoamento de técnicas de comunicação oral, preparando os concorrentes para a apresentação dos seus discursos perante o júri.

O júri, composto pela actriz Ana Magaia, pela docente universitária Paula Cruz e pelo Leitor do Camões na Universidade Pedagógica de Maputo, José António Marques, terá a responsabilidade de avaliar a capacidade argumentativa e retórica dos 10 finalistas e decidir quem será o vencedor da 21.ª edição do Prémio Eloquência Camões.

O Prémio Eloquência Camões é uma iniciativa conjunta do Camões – Centro Cultural Português em Maputo, da Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes da Universidade Pedagógica de Maputo e do Centro de Língua Portuguesa – Camões, instalado na universidade. O evento conta ainda com o apoio da Plural Editores de Moçambique.

O recenseamento eleitoral em Quissanga, Cabo Delgado, iniciou esta quinta-feira, depois de o arranque ter falhado ontem por falta de condições administrativas provocadas pelo terrorismo e mau tempo naquela localidade.

Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, garantiu que as condições de segurança necessárias já estão criadas. “Devido a questões logísticas, trata-se de uma logística extremamente complexa, não foi possível o recenseamento arrancar ontem. Primeiro era preciso colocar policias e depois trazer as brigadas juntamente com os polícias que vão fisicamente guarnecer os brigadistas e os equipamentos”, explicou.

Cuinica disse também, que até às 19:00h de quarta-feira, pelo menos 13 brigadas, das 15 previstas, já tinham sido instaladas no distrito de Quissanga, faltando a instalação das brigadas nas ilhas de Mefunvo e Arimba, que ainda esperam pela polícia lacustre e fluvial para fazer a escolta.

“Hoje as 13 brigadas instaladas arrancaram com o processo de registo e prevemos que este processo vá até ao dia 15, conforme a determinação do Conselho de Ministros e está prevista a inscrição de 28.930 eleitores naquela localidade”  acrescentou.

O limite para o fim do recenseamento eleitoral em Tanzânia foi estendido até 5 de maio devido ao atraso de 9 dias para a chegada do equipamento, naquele país.

O processo de recenseamento em Quissanga irá decorrer até 15 de Maio, num contexto em que este já foi concluído no resto do país. Órgãos eleitorais fazem balanço positivo de todo o processo: “O processo eleitoral decorreu de forma satisfatória em todo território nacional, pois para o ano de 2024 foram recenseados o número de eleitores. A CNE em todo Moçambique, desde 15 de março a 28 de abril, mais de 7,6 milhões de eleitores”, avançou Cuinica. O que significa que foram inscritos para as eleições gerais de 09 de outubro, cerca 102,30% do total previsto.

Com o arranque do processo de submissão de candidaturas para as eleições presidenciais, até esta quinta-feira, a CNE já conta com 14 partidos políticos inscritos, com previsão de aumento do número nos próximos dias.

O Movimento Democrático de Moçambique diz que o último aumento do salário mínimo é um insulto aos trabalhadores. O MDM desafia o Governo e o empresariado nacional a fixar o salário mínimo em 16 mil meticais.

O Movimento Democrático de Moçambique chamou a imprensa, esta quinta-feira, para, dentre os vários assuntos, manifestar o seu descontentamento com o último reajuste do salário mínimo nacional.

“O MDM está, completamente, entristecido e envergonhado com o último aumento fixado pelo Governo de cerca de 150 Meticais, um insulto às famílias moçambicanas. Para o MDM, o salário mínimo justo é aquele que satisfaz é aquele que satisfaz as mais básicas necessidades dos trabalhadores e das suas famílias, garantindo que nada lhes falte, nomeadamente, o transporte, a saúde, a educação e uma cesta básica que garanta dieta equilibrada no dia-a-dia”, disse Ismael Nhacucue, porta-voz o Movimento Democrático de Moçambique.

E para que tal seja possível, a terceira maior força política do país avança com propostas. “O MDM quer desafiar o Governo e a classe empresarial moçambicana a fixar o salário mínimo nacional no valor mínimo de 16 mil Meticais, que embora não satisfaça as necessidades da sociedade, mas estamos convictos que vai atenuar o custo de vida que tende a crescer”, propôs Ismael Nhacucue.

O MDM aponta, igualmente, saídas para que o salário mínimo corresponda ao actual custo de vida no país.

“A intransigência do Governo resulta do facto de os vários políticos nacionais serem a elite econômica deste país e não estão confortáveis com o aumento significativo do salário mínimo nacional e com o bem-estar dos trabalhadores e das suas famílias, Urge eliminar este problema de os políticos terem uma influência significativa na economia nacional. É preciso separar a economia da política e permitir que a Comissão Consultiva do Trabalho tenha, de facto, um papel importante na discussão entre os trabalhadores e a classe dos empresários”, referiu o porta-voz do MDM.

O partido do “galo” solidariza-se com os profissionais de saúde em greve e apela para que garantam os serviços mínimos à população e com os professores que, apesar das queixas, pede que continuem a educação a nação.

Israel reabriu a passagem para entrada de mais ajuda no norte da Faixa de Gaza. O propósito é mitigar os impactos da considerada maior crise humanitária do mundo, que afecta cerca de 1,1 milhão de pessoas.

Com a abertura da via terrestre de Erez, nesta quinta-feira, começaram a chegar da Jordânia, camiões carregados de productos alimentares, que partem da Jordânia, e segundo as autoridades israelitas vão continuar a chegar todos os dias.

A considerar que ainda não houve sinais concretos para as negociações de paz, é uma atitude positiva, que aliás, constitui uma resposta a preocupação que diversas autoridades e organizações têm alertado há semanas, sobre a chamada “catástrofe humanitária”.

Outro dado positivo é que os Estados Unidos, também prometeram esforços maxímos garantir que toda ajuda seja distribuída dentro de Gaza sem impedimentos do Hamas.

Desde 7 de outubro que Hamas não aceita o acordo mediado pelo Egito, que prevê suspensão temporária das hostilidades, libertação de 33 reféns israelitas, considerados primeiros grandes passos para o cessar-fogo permanente.

 

Subiu de 46 para 181 o número de mortes causadas pelas inundações no Quênia. Há outras 195 mil pessoas deslocadas. As autoridades falam de aumento da fome com mais vítimas a necessitarem de ajuda humanitária.

Das 181 pessoas mortas até esta quinta-feira, devido às inundações no Quênia, cerca de 20 são crianças.

Segundo o balanço mais recente feito pelo Governo, há pelo menos 90 pessoas desaparecidas.

Nas últimas 24 horas, 10 corpos foram recuperados e 20 pessoas foram dadas como desaparecidas.

As inundações no Quénia já afectaram mais de 30 mil casas, obrigando ao deslocamento de 195 mil pessoas.

As operações de ajuda em zonas mais afectadas ainda estão em curso, com a distribuição de alimentos às pessoas que tiveram de abandonar as suas casas.

Entretanto, um relatório da Autoridade Nacional de Gestão da Seca refere que a situação agravou a falta de comida naquele país, levando quase dois milhões de quenianos a necessitarem de ajuda alimentar.

As inundações no Quênia registam-se desde o mês de Março. De acordo com o departamento de Meteorologia, as chuvas e tempestades vão continuar pelo menos mais uma semana.

A dupla moçambicana de vólei de praia composta por José Mondlane e Osvaldo Mungoi está a intensificar a preparação, tendo em vista a participação na última janela, no México, de qualificação para os Jogos Olímpicos.

A dupla, que se encontra no Brasil a observar um estágio, antes dessa importante etapa rumo às olimpíadas, participou e venceu a primeira etapa do circuito de voleibol de praia, que teve lugar no Pezão Beach Spor Club de Ribeirão Preto, no país sul-americano.

O circuito serviu para medir o nível de preparação e assimilação dos aspectos técnicos. Ainda no quadro de preparação, a dupla moçambicana realizou seis jogos de controlo num único dia diante de adversários locais, tendo saído vitorioso.

José Mondlane e Osvaldo Mungoi impuseram uma derrota à formação brasileira por 2-0, parciais 21/18 e 21/19.

O selecionador nacional de vólei de praia, Alexandre Pontel, faz uma avaliação positiva do desempenho da dupla nessa primeira etapa de preparação.

“Estamos a poucos dias aqui, mas já participamos num campeonato onde realizámos seis jogos e os atletas estão ainda na fase de adaptação. Ainda assim, conseguimos rapidamente nos integrar às dinâmicas dos jogos”, disse Alexandre Pontel, ajuntando que, “além dos jogos temos feito trabalhos de análises das partidas e assistimos videos motivacionais.”

Por sua vez, a dupla fala de outro nível de preparação que é mais exigente. “Está a ser uma boa experiência. Na primeira etapa deparamos-nos com boas duplas que nos impuseram um outro nível de dificuldades pela experiência que eles têm, mas trabalhamos e vencemos os nossos primeiros jogos e cada dia vamos melhorando o nosso nível”, anotou José Mondlane.

 

 

O Reino Unido deportou, segunda-feira, o primeiro dos 5.700 requerentes de asilo para o Ruanda, em troca de 3000 libras, 237450.00 meticais, no câmbio actual. A informação não foi confirmada pelo Ministério do Interior Britânico, contudo, segundo  o Notícias ao Minuto, a revelação foi feita por fontes governamentais.

O deportado, que por sinal é africano, é parte do programa voluntário para imigrantes a quem foi recusado asilo. Segundo relatos da comunicação social britânica, o mesmo terá concordado em ser deportado para o Ruanda depois do seu pedido de asilo ter sido rejeitado no final do ano passado.

Em contacto com a agência France-Presse (AFP), o Ministério do Interior apenas explicou que a medida vai benificiar a todos imigrantes ilegais no Reino Unido, que no Ruanda poderão ter proteção e direito a um recomeço como cidadãos.

“Agora podemos enviar requerentes de asilo para o Ruanda como parte da nossa parceria para a migração e o desenvolvimento económico. Este acordo permite que pessoas sem estatuto de imigração no Reino Unido sejam realocadas para um terceiro país seguro, onde serão ajudadas a reconstruir as suas vidas, destacou um porta-voz do governo brtitânico.

A medida é tomada na sequência do plano do Governo britânico, que permite deportar requerentes de asilo para o Rwanda, assinado na quinta-feira última pelo rei Carlos III, permitindo a organização dos voos de repatriamento, ainda que pendentes de possíveis recursos judiciais.

Os salários baixos dos jornalistas não devem ser justificação para falta de ética, defende Mia  Couto. O apelo foi lançado em debate, que juntou grandes referências do jornalismo moçambicano, entre eles: Jeremias Langa, Rogério Sitoe, Maria Cremilde e Tomás Vieira Mário.

O jornalista moçambicano debate-se com problemas financeiros devido à baixa remuneração salarial, à  falta de recursos nos órgãos de comunicação em que se insere, e a pobreza do país, factores que colocam numa situação de vulnerabilidade aos subornos, o que vai contra os princípios éticos da profissão.

Segundo Mia Couto, nenhum destes argumentos devem ser usados para atropelar a ética e, se assim for, outros profissionais também têm a mesma legitimidade. 

“Com o baixo salário, como se pode pedir ao jornalista que tenha ética?, a resposta colectiva é: se for esse o grande argumento, como é que se pode pedir a um polícia que não seja corrupto, porque também tem baixo salário?, como é que se pode pedir ao professor para que não venda provas aos seus alunos?, eu vou usar a colocação do Tomás Vieira Mário, todo esses já eram corruptos antes mesmo de lhes aparecerem oportunidades”, reflectiu.

Rogério Sitoe, concordou e advertiu que não se deve usar a pobreza como justificação para a falta de ética jornalística. “A pobreza torna as pessoas vulneráveis e passíveis de fazerem coisas que não devem ser feitas, mas por si só, não basta, há um conjunto de problemas associados que teremos de resolver”, reforçou. 

A resolução do problema da ética jornalística não passa apenas por educar o jornalista, mas à toda a sociedade, “que é resultado de toda esta grande família que se chama Moçambique”, e, nas palavras de Mia, “o jornalismo não é uma ilha, é preciso que toda a sociedade seja o exemplo do exercício da ética, o que começa por aqueles que devem dar o exemplo, supondo que Moçambique é uma casa e todos somos uma família e é preciso que aqueles que são os nossos pais tenham a capacidade de se tornarem exemplo”,  disse escritor e jornalista.

Não discordante, Sitoe foi pelo mesmo caminho e reforçou que não há outro caminho, senão uma resolução conjunta. “Não há outro caminho se não houver organizações estruturadas da sociedade para discutirem estes assuntos e outros ligados à ética”.

Subordinado ao tema: Jornalismo na Era da Internet, o debate que juntou profissionais da comunicação, foi realizado na primeira escola de Jornalismo do país, a Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, e serviu para lançar apelo para que o jornalista, além de se dedicar em resolver os problemas da sociedade, deve participar activamente na resolução dos seus.

Um vulcão entrou em erupção no norte da Indonésia e aumentou o nível de alerta. Não há registo de vítimas, mas a situação levou à evacuação de pessoas e ao encerramento de um aeroporto.

Não é a primeira vez que o Vulcão localizado no monte Ruang, norte da Indonésia, entra em errupção. Tal aconteceu várias vezes desde o início de Abril, levando à retirada de mais de seis mil pessoas.

O Aeroporto Internacional mais próximo, Sam Ratulangi, na capital regional de Manado, a mais de 100 quilómetros de distância, foi já encerrado, indicou a agência estatal de controlo do tráfego aéreo AirNav Indonesia.

A erupção lançou uma coluna de cinzas com mais de cinco quilómetros de altura, tendo as autoridades indonésias estabelecido uma zona de exclusão de seis quilómetros em torno do vulcão, situado a 725 metros acima do nível do mar, de acordo com a agência de vulcanologia indonésia.

Os residentes foram aconselhados a manter-se a pelo menos seis quilómetros de distância da cratera do vulcão.

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