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Um caso estranho é que ainda carece de esclarecimento por parte das autoridades. Um digitador afecto ao posto de recenseamento eleitoral afecto a localidade de mineira de Muiane no distrito de Gilé, não escapou a estaqueamento perpetrado por alguém conhecido mas até aqui a monte. O facto ocorreu na madrugada do dia 25 deste mês, por sinal na zona onde este foi alocado para trabalhar no posto de recenseamento eleitoral de Napote.

O Director provincial do Secrtatiado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) da Zambézia, já reagiu a ocorrência. Cristóvão Baltazar diz que o facto não tem nada haver com o trabalho que o finado exercia ao serviço daquele órgão eleitoral. “Na verdade tivemos esta informação apartir de Gilé, que faleceu um digitador depois de esfaqueado. Trata-se de Dinis Nunes Mário cujo as circunstâncias ainda não foram esclarecidas.

Lamentamos o sucedido pois ocorre numa altura em que estamos empenhados no processo de recenseamento eleitoral. Oque nos leva a crer que não tem nada haver com o processo, é que a situação acontece a noite, no seu alojamento e depois de encerrar o trabalho. Ainda não temos clareza mas fala-se de assuntos particulares e que não envolveu o processo” disse o Director provincial do STAE da Zambézia.

E a polícia já reagiu a volta do caso. Sidner Lonzo porta-voz do comando provincial não avança as causas da morte, mas fala de estaqueamento por parte da vítima. Conta que o colega que estava no posto de recenseamento eleitoral a prestar segurança ouviu gritos vindo de pelos 100 metros do local de guarnição, e quando o agente se aproximou para ver oque se tratava, notou que o socorro era do digitador do posto onde fazia a protecção. “Surge que imediatamente prestou socorro para o centro de saúde de Muiane mas infelizmente em decorrência dos ferimentos a vítima acabou perdendo a vida horas depois” disse o porta-voz da polícia na Zambézia.

Lonzo fez saber ainda que no momento em que o policial prestou socorro, a vítima descreveu o estaqueamento sem no entanto o nome da pessoa que protagonizou tal acto. “O ferimento foi no ombro esquerdo e pela profundidade do ferimento entende-se que pela perfuração da faca, sangramento originado a vítima não conseguiu resistir e perdeu a vida” precisou.

Questões passionais suspeitam-se que pode m estar na origem da situação mas nem a polícia e nem direcção do STAE confirma.

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O novo sistema de baixa pressão que se formou a nordeste da Ilha de Madagáscar, na bacia do sudoeste do Oceano Índico, evoluiu para o estágio de tempestade tropical severa e foi-lhe atribuído o nome de Gamane.

A tempestade tropical severa Gamane, que ainda se localiza a nordeste de Madagáscar, move-se para o sul da bacia e tem potencial para evoluir para o estágio de ciclone tropical nas próximas horas.

Um comunicado do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) indica que a sua interacção com a zona de convergência intertropical continua a influenciar o estado do tempo, com chuvas moderadas localmente fortes nas zonas Centro e Norte do país.

O INAM continua a monitorizar a evolução do sistema e apela à população para que continue a acompanhar a informação meteorológica e os avisos difundidos pelas autoridades nacionais competentes.

O custo do dinheiro para os bancos comerciais, ou seja, a taxa de juro MIMO, reduziu de 16,50% para 15,75%. Tal abre espaço para que as instituições financeiras emprestem dinheiro às famílias, empresas e ao Estado a taxas de juro mais baixas.

Com este marco, o sonho do Banco de Moçambique de reduzir a taxa de juro de política monetária para menos de 10%, em 36 meses, já começou a ser realizado.

Pela segunda vez consecutiva, em dois meses, o Comité de Política Monetária do Banco Central cortou o custo de dinheiro para os bancos.

“Esta decisão é sustentada pela consolidação das perspectivas de inflação em um dígito no médio prazo, num contexto em que a avaliação dos riscos e das incertezas associadas ás projecções continuam favoráveis”, anunciou Rogério Zandamela.

O corte da taxa abre espaço para os bancos comerciais se financiarem a custos mais baixos, ou melhor, concederem créditos mais baratos às famílias, empresas e ao Estado.

O custo de vida é sim um dos factores que contribuiu favoravelmente para a redução, mas há um outro que continua de alto risco, a dívida pública interna.

“A pressão sobre o endividamento público interno mantém-se elevada. O endividamento público interno, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 344,0 mil milhões de Meticais, o que representa um aumento de 31,7 mil milhões em relação a Dezembro de 2023”, alertou o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.

Para o governador do banco central, é normal que o Estado contraia dívidas dentro do país, mas a forma como esse dinheiro é usado é que preocupa.

“Você pode se endividar e o dinheiro é investido em infra-estruturas, melhores capacidades e transformação da economia, isso é uma boa notícia, porque a dívida de hoje vai ser paga amanhã, agora, quando estamos a endividar-nos porque estamos a consumir, ou porque estamos a pagar salários e despesas correntes, aí já vira um outro ciclo”, explicou, ontem, Rogério Zandamela.

No que toca aos apagões frequentes registados no sistema financeiro, ligados a pagamentos e à carteira móvel, Rogério Zandamela culpa os bancos comerciais.

“As instituições atrasam ajustar os seus sistemas à nova plataforma e isso cria problemas. Eu já disse às instituições que têm que trabalhar porque atrasaram  ou porque acreditaram que não iria acontecer, não sei porquê”, referiu o governador.

Outro assunto que mereceu comentário foi o acordo extrajudicial com o banco Credit Suisse, através do qual o Estado passou a não ter de pagar parte da dívida de 622 milhões de dólares da ProIndicus. Zandamela não vê problemas no acordo.

“A dívida foi perdoada, mas nesse processo eles não eram os únicos credores, havia outros pequenos que exigiam pagamentos em dinheiro. Uma parte, usamos as nossas reservas para pagar esses pequenos credores, por parte de um acordo que tivemos”, explicou Rogério Zandamela.

No encontro que visava partilhar resultados da reunião do Comité de Política Monetária, o governador do banco central recusou-se a falar das recentes sanções a bancos comerciais, com destaque para o BCI e seus administradores.

O presidente da Renamo, Ossufo Momade, acusa o Governo e as autarquias locais  de nada fazerem para resolver o problema de inundações nas principais cidades do país. 

Ossufo Momade falava durante uma visita efectuada às vítimas das inundações, que afectaram as cidades de Maputo e Matola. Sobre esta situação, Momade fez acusações aos governantes.

“É o nosso povo que está a sofrer, nós trouxemos produtos, sabemos que não vão chegar, mas vai minimizar a situação que esta nossa população está a viver. Para dizer que  sentimos porque todos os anos temos vivido estas situações e o governo central, assim como o local, nunca resolvem esses problemas”, lamentou Momade.

O balanço feito pelo Centro Nacional Operativo de Emergência indica que a chuva que caiu no início desta semana matou quatro pessoas em Inhambane. Já a edilidade de Maputo falou de dois óbitos na capital do país, totalizando seis mortes.

Questionado se houve acordo para a marcação do congresso, Ossufo Momade escusou-se a falar sobre a situação interna do seu partido.

A pergunta sobre a marcação do congresso da Renamo era inevitável, depois de a liderança do partido ter dito em Tribunal que não havia dinheiro para o evento que vai escolher o novo presidente desta formação política. Mas, Momade, visivelmente desconfortável com a questão e com tom de aborrecimento, disse que aquele não era o ambiente adequado para falar do partido.

“Eu não gostaria de responder perguntas fora do programa que nos levou para aqui, quando vocês precisarem de saber sobre todos os assuntos é só nos procurarem num momento real. Aqui estamos a falar das calamidades, o sofrimento do nosso povo. Vocês devem ter sentimentos, nós saímos das nossas casas para vir aqui viver o sofrimento dos nossos irmãos, agora está a perguntar-me coisas que não têm nada a ver com o que nos levou até aqui”, disse o líder.

A UNISCED já não vai ministrar o curso de enfermagem online. A informação é avançada pela instituição através de comunicado, que prometeu partilhar detalhes sobre o rumo que os actuais estudantes devem seguir.

A decisão de suspensão do curso de enfermagem online na UNISCED é tomada na sequência da denúncia da Ordem dos Enfermeiros de Moçambique que acusava a referida instituição de ensino de banalizar o curso de enfermagem.

A agremiação ameaçava não atribuir carteira profissional aos formandos que saírem da instituição.

A licenciatura em enfermagem nesta modalidade é, segundo a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, um atentado ao Sistema Nacional de Saúde.

A Ordem dos Enfermeiros revela, ainda, que em nenhum momento a UNISCED foi autorizada a leccionar o curso de enfermagem pelas instituições que o deveriam fazer.

A figura de secretário de Estado continua a ser contestada por se considerar desnecessária e financeiramente inviável. Por outro lado, a sociedade civil entende que é preciso que o país avance para a descentralização financeira.

O pretexto do encontro organizado pelo Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) na cidade de Nampula era a reflexão sobre os quatros anos de implementação de um novo modelo de actuação das Assembleias Provinciais, mas o debate atingiu o essencial que o país discute neste momento: o modelo de descentralização provincial, em que há, por um lado, um governador eleito pelo povo e, por outro, um secretário de Estado, nomeado pelo Presidente da República.

“Tudo o que é do governador da província tem de ser a governação descentralizada a fazer. O secretário de Estado não pode governar, não pode ter pelouro. Ainda que o Estado insista, somente pode dar o pelouro dos recursos minerais, porque é o único que está fora da alçada da governação descentralizada provincial”, disse António Muchanga, deputado da Renamo.

Mas a presidente da Comissão da Administração Pública e Poder Local na Assembleia da República, Lucília Hama, tem um entendimento diferente.

“A descentralização provincial é nova e, sendo ela nova, é um momento e uma aprendizagem. Isto para não dizer que nós trouxemos esta figura do secretário de Estado na aprovação da Lei. Nós trouxemos esta figura do governador na aprovação da Lei. Se na sua forma de actuar, se é que há, existe algo, ao longo do tempo, nós vamos melhorar”, argumentou.

Para o Instituto para a Democracia Multipartidária, que organiza o evento, é preciso clarificar a actuação de cada figura na província e descentralizar também as finanças públicas.

“Nós achamos que a descentralização financeira é extremamente necessária, isto na perspectiva de garantir a sustentabilidade dessas estruturas. Está certo que é uma constelação de erros, mas, no final do dia, achamos que o princípio de economicidade estará lá. Nós achamos que o cidadão tem de vencer, na perspectiva de ter o melhor serviço”, defendeu Hermenegildo Mulhovo, director-executivo do IMD.

Este debate acontece numa altura em que decorre, no país, a auscultação popular dirigida pela Comissão de Reflexão sobre o Modelo de Governação Descentralizada.

Na madrugada de segunda-feira, calou-se a voz de uma figura transversal e multifacetada. De cunho político, jornalístico e desportivo. Figura com enorme sensibilidade desportiva, Manuel Tomé dirigiu os destinos da Federação Moçambicana de Natação entre 1995 e 2000. Período, esse, em que não somente procurou dinamizar a modalidade como também, e porque não dizê-lo(?), capitalizou a sua imagem para se abrirem mais janelas de oportunidade para a natação.

Lutou, com todas as suas forças, para travar “apetites” de algumas elites que pretendiam transformar os espaços das piscinas Raimundo Franisse e Desportivo de Maputo em condomínios privados.

É por isso mesmo que, depois de deixar a presidência da agremiação para cumprir outras missões, foi, por unanimidade, eleito presidente honorário da Federação Moçambicana de Natação, corria o ano civil de 2005.

Mesmo exercendo cargos de responsabilidade no partido no poder, a sua presença naquelas bancadas de madeira da piscina Raimundo Franisse era constante. E em outros locais elegíveis para sediar provas sob a égide Federação Moçambicana de Natação e Associação da modalidade da capital do país.

Não é por acaso, igualmente, que uma das provas “must” do calendário da natação leva a sua designação: Torneio Especialistas Manuel Tomé.

É, por estes momentos, recordado com alguma nostalgia, como um homem apaixonado pela natação e que tudo deu para que desse passes gigantescos.

“Trabalhei com Manuel Tomé desde 1990. Em 1995, por recomendação de Marcelino dos Santos, viajei para Sofala para apresentar a candidatura de Manuel Tomé ao cargo de presidente da Federação Moçambicana de Natação. A candidatura contou com a ajuda de Zaidy Aly e Renato Caldeira”, recuou no tempo Caetano Ruben, presidente da Associação de Natação da Cidade de Maputo.

Tomé identificou-se, desde logo, com o manifesto eleitoral desenhado pelo seu elenco e colocou-o em prática até que a sua missão, na natação, terminasse.

“Manuel Tomé viveu e apoiou a natação. Como presidente, apoiou os atletas e os dirigentes. É uma figura que sempre deu o seu melhor em prol da modalidade. A natação perde um homem que sempre lutou incansável e abnegadamente pela causa da modalidade. Sempre deu o seu calor e carinho aos atletas”, recordou.

Em 2000, uma tragédia abateu-se sobre a natação moçambicana com o acidente fatídico que ceifou a vida a Tânia Anacleto, uma das melhores intérpretes da natação do país, e Reginaldo Correia, na zona de Namaacha.

Mesmo sobrecarregado com as funções de secretário-geral da Frelimo, “Manuel Tomé fez questão de viajar connosco para aquela zona de Namaacha para a localização e transporte dos corpos para a morgue.”  E não se ficou por aí: “Ele criou condições para a realização do funeral. Ele participou em todas as cerimónias fúnebres, consolou a família de Tânia Anacleto. E, quando Raimundo Franisse perdeu a vida, ele sempre esteve presente. Manuel Tomé criou condições para o corpo de Raimundo Franisse ser transladado da África do Sul para Moçambique”.

 

A VOZ DE FERNANDO MIGUEL

O antigo presidente da Federação Moçambicana de Natação, Fernando Miguel, trabalhou com o falecido enquanto dirigente da agremiação, pelo que enaltece o trabalho por ele desenvolvido.

Fernando Miguel não hesitou, quando abordado pelo “O País”, em considerar que “Manuel Tomé é uma figura carismática na natação moçambicana, uma figura que sempre se empenhou para promover a modalidade.”

Miguel entende que “Manuel Tomé teve uma intervenção importante em momentos difíceis da natação, e uma pessoa que sempre esteve disponível e se mostrou aberta, sempre trabalhou com cada um de nós para juntos promovermos a natação em Moçambique”.

Recordar Manuel Tomé é, para todos os efeitos, falar de um dirigente que sempre pautou pela disciplina, rigor e se manteve disponível para promover a natação em Moçambique.

“Trabalhou na Federação Moçambicana de Natação, mas também como presidente honorário, deixando um grande legado de organização interna e coesão de grupo. Foi uma pessoa que sempre lutou pela disciplina e ordem. É uma pessoa que sempre teve grandes intervenções, mesmo fora do seu mandato, como presidente honorário, continuou a dar o seu apoio para materialização daquilo que são os anseios da modalidade.”

Foco na realização de provas regulares, mesmo em cenário de dificuldades financeiras, era o lema do antigo presidente da Federação Moçambicana de Natação.

“Ele sempre se empenhou e encorajou a modalidade. Nunca foi favorável ao cancelamento de torneios, nunca foi favorável ao cancelamento de participação de Moçambique em competições internacionais por falta de condições. Sempre disse que temos de arregaçar as mangas e arranjar soluções. Ele sempre defendeu que os dirigentes são eleitos para encontrar soluções e não para apresentar dificuldades e contratempos”, notou Fernando Miguel. E, adiante, elaborou mais: “E isso até hoje é um lema que guia todo o dirigismo dentro da natação. Todos nos sentimos encorajados a encontrar soluções para que a natação ande para frente.”
Massificação e não elitização da natação foram outros pontos defendidos por Manuel Tomé, tanto como presidente da Federação Moçambicana de Natação quanto como amante da modalidade.

“(…) Manuel Tomé sempre disse que as comunidades em voga das piscinas devem ter acesso à natação, sempre defendeu que a modalidade não deveria ser elitizada. Sempre foi contra uma natação para elites. Nesta perspectiva, teve um papel determinante quando foi para dissuadir ou desencorajar aquelas tendências que existiam de construir a piscina olímpica na Polana. Dizia-se que, no Zimpeto, não há pessoas para fazer natação de elite em piscina de 50 metros. Sempre disse que a natação é para os moçambicanos, e que no Zimpeto há pessoas para a prática da natação.”

Dezanove pessoas com  conjuntivite hemorrágica complicada estão internadas no Hospital Central da Beira. A complicação está  directamente ligada a tratamentos caseiros, com base em mitos, como  é o caso do uso da urina para lavar os olhos, água com espuma de sabão ou ainda líquido extraído da moringa e maçaniqueira.

“O uso destas substâncias cria maior irritação nos olhos que vão roendo a córnea gradualmente, provocando feridas, por perfuração  aumentando a inflamação”, explica Abel Polazi, médico oftalmologista do Hospital Central da Beira.  

A deficiente higiene individual e colectiva  estão a contribuir, por outro lado,  para o aumento de casos de conjuntivite na cidade da Beira, o que leva o sector a considerar preocupante estes casos pois, parte dos doentes  terão sequelas para o resto da vida.  

Face ao aumento dos casos de conjuntivite e de complicações, quais são as medidas que devem ser tomadas por todos?, perguntámos ao Médico.

“Qualquer infecção nos olhos, mesmo que não seja conjuntivite hemorrágica, qualquer doente deve recorrer imediatamente a uma unidade sanitária para serem avaliados”, respondeu Polazi.  

Para os que passarem a serem atendidos de forma ambulatorial, devem remover com rigor as secreções nos olhos. “Pode ser num intervalo de uma ou de duas em duas horas, lavar os olhos com água limpa e de preferência gelada para quem puder, pois a água gelada ajuda a combater a inflamação. 

Os doentes devem igualmente lavar os olhos e as mãos com água e sabão. Não estamos a dizer para meter a espuma do sabão dentro dos olhos. O doente deve fechar os olhos e lavar a parte externa”.  Importa referir que nos últimos sete dias,  mais 400 profissionais de saúde contraíram a conjuntivite hemorrágica, totalizando 630 desde 28 de Fevereiro. 

Os dados oficiais indicam que, até esta segunda-feira, cerca de 3200 pessoas foram infectadas pela referida doença na cidade da Beira. 

O Instituto Nacional de Estatística diz estar a travar dificuldades para ter  acesso aos agregados familiares residentes em  condomínios para a recolha de dados, o que pode comprometer o censo da população em 2027. Em Cabo Delgado, o INE diz estar a implementar o método representativo para com os deslocados. 

As dificuldades de acesso aos agregados familiares se deve às restrições impostas por questões de segurança nos condomínios. A situação limitou a colecta de dados do inquérito demográfico de saúde, IDS 2022-2023, e o Instituto Nacional de Estatística teme o pior nos próximos censos.

“Nós enfrentamos dificuldades até em áreas nobres que achávamos que pudéssemos encontrar mais compreensão por parte dos fornecedores de informação, porque entendemos que são pessoas com certo nível de escolaridade e de compreensão, mas entendemos que não podemos desistir por causa de dificuldades”, disse Alexandre Marrupi, director nacional de Censos e Inquéritos no INE.

Para o Instituto Nacional de Estatística, a solução passa por criar grupos de contacto entre o INE e os condôminos.

“Estamos a pensar em fazer um pacto, um tipo de memorando, em conversa com eles, os chefes dos condomínios, no sentido de, por exemplo, indicar alguns condôminos idôneos, da confiança deles, para que sejam preparados pelo INE  para poderem fazer a recolha de dados dentro dos seus condomínios”, sugere Marrupi.

A situação do terrorismo em Cabo Delgado também é uma preocupação  para o INE, que diz preparar-se para a realização do quinto censo geral da população em 2027.

“Na questão de Cabo Delgado, nós temos uma população deslocada de forma massiva para as áreas mais seguras da zona sul da província, e considerando que transportam o seu estrato social e seu hábitos culturais consigo para onde se encontram actualmente e tendo respondido às questões que lhes foi colocado, então estes são representativos”, afirmou a nossa fonte.

Os dados do Inquérito Demográfico de Saúde 2022-2023 serão lançados dentro de duas semanas, após o último publicado em 2018. 

Pelo menos 20 pessoas estão desaparecidas, depois de terem caído na água, na sequência do desabamento da ponte Francis Scott Key, em Baltimore, nos Estados Unidos da América. A ponte foi atingida por um navio cargueiro.

“Sabemos que há até 20 pessoas no rio Patapsco neste momento, bem como vários veículos”, disse Kevin Cartwright, do Corpo de Bombeiros de Baltimore, à televisão CNN.

As pessoas desaparecidas são supostamente passageiros de veículos que atravessavam a ponte Francis Scott Key quando o cargueiro colidiu com um dos pilares centrais, destruindo-o completamente.

As baixas temperaturas (na ordem dos 9 graus) estão a fazer as autoridades temerem pela vida das pessoas que caíram, devido ao risco de hipotermia.

Cerca da 1h30 (07h30 em Maputo), uma grande embarcação embateu na ponte, situada na cidade de Baltimore, no leste dos Estados Unidos, incendiou-se antes de se afundar, levando vários veículos que circulavam na ponte a cair na água, de acordo com um vídeo publicado nas redes sociais.

O presidente da Câmara, Brandon M. Scott, e o responsável da região de Baltimore, Johnny Olszewski Jr., disseram que o pessoal de emergência estava a responder e que os esforços de socorro estavam em curso.

O acidente foi classificado como um “evento de vítimas em massa em desenvolvimento”

A ponte Francis Scott Key foi inaugurada em 1977.

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